Origem: Revista O Cristão – Deus é Luz
“Eu Odeio o Desagradável Sol!”
“Odeio o desagradável Sol; ele mostra toda a sujeira”, disse uma faxineira resmungando à outra, inconscientemente fazendo o melhor comentário possível sobre mais de uma passagem da Palavra de Deus, pois não muitos reconheceriam tão francamente sua aversão àquilo que revela sua própria negligência em seu dever; no entanto, no fundo de cada coração que não foi exposto à luz da presença de Deus, está o pavor da descoberta e o consequente ódio pelo que mostraria as coisas como elas realmente são. Enquanto havia sombra e escuridão, a jovem sabia que os quartos meio varridos, os cantos negligenciados e as prateleiras empoeiradas podiam escapar da percepção, mas uma vez que o Sol entrasse – então seu descuido se tornava óbvio para todos. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo 3:19-20).
Por quê?
Por que os homens expulsaram e mataram o Cristo de Deus? Porque Ele veio como luz ao mundo, e as obras deles eram más. O objetivo da luz do Sol não é mostrar faxineiras negligentes, embora isso possa ser sua consequência; ele brilha como a fonte de luz e calor para o mundo. “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo” – esse não era o objetivo da vinda de Cristo – “mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3:17). “O Pai enviou Seu Filho para Salvador do mundo” (1 Jo 4:14). O Filho amado de Deus é o esplendor de Sua glória; quando Ele vem, então, Ele é necessariamente a luz – a verdadeira luz que vindo ao mundo, ilumina a todo homem.
Mas os homens amavam o pecado e odiavam a luz, e até onde foi possível, eles expuseram isso no Calvário. Eles extinguiram a luz que os expôs e penduraram o Senhor da glória em uma cruz! “Houve trevas em toda a Terra até a hora nona, escurecendo-se o Sol” (Lc 23:44-45). Desprezível, como os homens a consideraram, mas então a luz estava brilhando o máximo. Isso estava mostrando toda a enormidade da culpa do homem, todo o peso do pecado dele; tudo foi exposto na presença de Deus, e o “pecado” eternamente condenado. A luz detectou tudo; a luz julgou tudo. E dos lábios do Santo Sofredor irrompeu o clamor: “Está consumado”, e Ele inclinou a cabeça e entregou o Seu espírito.
A luz brilhou novamente
Então a luz voltou a brilhar. “Quando já despontava o primeiro dia da semana”, a luz, que o homem pensava ter sido apagada por sangue no Calvário, ressuscitou, e agora a luz do conhecimento da glória de Deus brilha na face de Jesus Cristo. E o crente em Jesus sabe que tudo o que ele é e tudo o que ele fez já foi exposto e julgado; quanto mais brilhante a luz, mais brilhante o testemunho ao sangue precioso e à obra perfeita que a tudo levou.
“Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo 3:21). Se você já veio a Ele, o anseio d’Ele por você é aquele que Seu servo Paulo orou pelos filipenses – “a fim de que sejais sinceros e sem ofensa para o dia de Cristo” (Fp 1:10 – TB). Alguns dizem que o significado da palavra aqui traduzida como “sincero” é “julgado pela luz do Sol”. Se você sabe que todos os seus pecados foram expostos pela luz, a fim de que todos eles possam ser perdoados, será seu prazer levar tudo à prova dessa luz, para tudo confrontar, julgando a si mesmo e aos seus caminhos pela luz do Sol até que o “Sol da justiça nasça”.
Gospel Gleanings, Vol. 11
