Origem: Revista O Cristão – Fé
Fé e Deus
Devemos lembrar que a fé começa com Deus, e aquele que está caminhando realmente em um caminho de fé sempre traz Deus consigo, e esta é a diferença entre fé e incredulidade; a descrença sempre deixa Deus de fora. Novamente, a fé é a alma individual a sós com Deus, e qualquer intervenção de um terceiro a destrói. Qualquer atuação de motivos secundários não é fé. Deve ser Deus e Sua Palavra somente diante da alma para que o ato seja um ato de fé.
A fé cresce. Isso pode ser aprendido na história dos filhos de Deus e detalhado em Hebreus 11. Trazer Deus para todas as situações é um privilégio de Seus filhos. Não há nada muito pequeno em nosso caminho diário para Ele notar, pois Ele é Quem numerou até mesmo os cabelos de nossa cabeça. É o trazer Deus para todas as nossas questões que produz a caminhada, a vida de fé, a qual é o assunto do capítulo a que me referi.
E é exatamente o trazer Deus para nossos assuntos que nos revela o verdadeiro caráter deles, pois “Deus é luz, e não há n’Ele treva nenhuma”. Assim, isto, quando se torna o hábito contínuo da alma, se torna ao mesmo tempo um poder de preservação para ela, no meio de todas as trevas e incredulidade de nosso coração natural.
O princípio para o Cristão agora é encontrado nas palavras: “ficou firme, como vendo o invisível”. Nós devemos ver Deus em tudo.
Nos exemplos de Hebreus 11, vemos que eles contavam com Deus. Isso é fé e isso é o que caracteriza cada um deles. No ato de Abel, a reivindicação de Deus é aceita, e no sacrifício, Abel confessa que ele merecia a morte como pecador. Ele se aproxima da maneira que foi provida e é aceito, “dando Deus testemunho dos Seus dons”. Portanto, Deus está diante de Enoque, de Noé, de Abraão, de Moisés e dos outros. Isso resolveu tudo para cada um em seu dia.
É importante apreender de maneira simples o que é a verdadeira fé. Ela começa com Deus e continua num relacionamento com Deus, e que é intensamente individual. Nós estamos contentes e agradecidos por encontrar outros no caminho da fé conosco, mas esse relacionamento individual com Deus agora é o poder que nos sustenta no caminho ainda se outros falharem, e ainda produz as obras visíveis em uma vida de fé. Quando uma provação chega, se não tiver havido essa comunhão individual com Deus, frequentemente descobriremos que estávamos sendo apenas imitadores de outros. Nós então, seremos como Efraim, “armados e trazendo arcos, retrocederam no dia da peleja” (Sl 78:9). Mas se tivermos o hábito de trazer Deus para dentro das situações, nos voltaremos para Ele no dia da batalha, e nos voltar para Ele não significa dar as costas para o inimigo.
“E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4).
