Origem: Revista O Cristão – A Criação de Filhos Parte 1

A Fé dos Pais de Moisés

Êxodo 2:1-10 

A fé dos pais de Moisés é um exemplo de como vencer o poder do inimigo que se levanta para destruir nossos filhos. A fé deles procurava proteger essa criança “formosa” de duas maneiras. Primeiro, eles protegeram seu precioso filho fazendo do lar um santuário para ele. “Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei” (Hb 11:23). Em segundo lugar, quando não puderam mais escondê-lo, o colocaram numa arca no rio, o lugar onde havia sido sentenciado à morte, mas onde a arca o preservaria da mesma. Deus honrou essa fé.

O exemplo de como Anrão e Joquebede protegeram seu precioso filho, escondendo-o em casa do poder destruidor do inimigo, deve nos encorajar, hoje, como pais, a estarmos corajosamente ao lado do Senhor para o bem de nossos filhos. Ele honrará essa fé. O tempo que nos é dado, como pais, para manter os filhos em casa é relativamente curto em comparação ao tempo que ficarão fora de casa.

A arca 

Chegou o momento em que ela não conseguia mais escondê-lo. Isso parece ser um entendimento tido por parte da mãe. Naquela época, a fé de Joquebede, a mãe de Moisés, atingiu um poder que ela sabia ser superior ao de Faraó. O problema de salvar a criança estava além de seu poder. Eles viviam na terra do inimigo. Chegou a hora em que os pais tiveram que “enjeitar” [ou, “lançar fora” – KJV] a criança (At 7:21). Isso era difícil de fazer porque eles amavam a criança e também a seu Deus. Eles não colocariam a criança amada por eles e por seu Deus no rio sem algo entre ele e as águas da morte. Ela preparou uma arca para manter as águas da morte longe de seu filho e colocou Moisés nela. A arca era o sinal de sua fé em Jeová. É uma figura para nós do Senhor Jesus que desceu à morte por nós e nos libertou de seu poder. Embora nós e nossos filhos estejamos sob a sentença de morte, o Senhor suportou a sentença por nós e ressuscitou com poder sobre a morte. É certo confiarmos n’Ele para preservar nossa família em todos os momentos, especialmente quando as circunstâncias estão além de nosso poder de fazê-lo.

“E, sendo enjeitado, tomou-o a filha de Faraó e o criou como seu filho” (At 7:21). Deus honrou a fé daquela família e enviou a filha de Faraó para tomá-lo como filho. Mal percebeu ela que estava cumprindo a recompensa de Jeová aos pais por causa da fé que tiveram, nem os pais de Moisés perceberam como a casa de Faraó prepararia Moisés. Mas entender todas essas coisas não era importante, exceto para Aquele que realmente estava no controle. O Senhor estava no controle, e a fé n’Ele e a obediência a Ele eram o que importava. E quem quer que estivesse ao Seu lado seria o vencedor no final.

Por sugestão da irmã de Moisés, a mãe de Moisés foi chamada para ser a cuidadora. A filha do Faraó disse à mãe: “Leva este menino e cria-mo; eu te darei teu salário”. A criança foi devolvida aos pais com uma nova responsabilidade e recompensa.

A quem Moisés pertence? 

A quem esta criança pertence agora? A filha do Faraó o reivindicou, mas o devolveu à mãe para que o criasse por um salário, já os pais abriram mão de suas próprias reivindicações sobre o filho e pela fé o colocaram na arca. A criança realmente pertencia ao Senhor Jeová. Os pais devem considerar o filho como estando confiado aos Seus cuidados para criá-lo. Que coisa abençoada para nós, receber nossos filhos do Senhor desta forma e procurar criá-los para Ele! Mais tarde, quando Moisés já adulto, também escolheu trilhar o mesmo caminho de fé (Hb 11:24-26). Portanto, o exemplo de fé é passado de geração em geração.

Esta é uma bela lição para nós a respeito de nossos filhos. Em primeiro lugar, quando possível, devemos procurar protegê-los do mal deste mundo que está sob o domínio de Satanás. Ele é o deus e príncipe deste mundo. Devemos reconhecer a autoridade do Senhor em nossa casa. É a única maneira de vencer o poder do inimigo. O Senhor deseja a preservação de nossos filhos mais do que nós mesmos. Quando eles tiverem que sair pelo mundo em circunstâncias que estão além de nosso controle, devemos reconhecer o poder e a autoridade do Senhor em todos os lugares. Isto é, reconhecer a liderança de Cristo sobre nosso lar e sobre nossos filhos, onde quer que estejam. Nossa posição é a de assumir a Sua liderança sobre nossos filhos quando estão em casa, educando-os “na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef 6:4), e então confiar n’Ele quando eles saem para o mundo. Se não reconhecemos o senhorio de Cristo em nosso lar, procurando proteger nossos filhos do mal enquanto estão sob nossos cuidados, como poderemos confiar que o Senhor os preservará do mal com base em nossa fé quando saírem de casa?

Confiando na bondade de Deus 

Com esses pensamentos, sem dúvida somos levados a perceber quantas vezes falhamos na parte prática de cuidar de nossos filhos de maneira fiel. Somos levados a perceber que somente a bondade soberana de Deus pode dar o que precisamos. A humilde disposição dos pais de Moisés de aceitar do Senhor a difícil situação em que Ele permitiu que vivessem serve de lição para nós. Eles não culparam os outros pela situação em que se encontravam, nem se consideraram orgulhosamente indignos de tal julgamento. Em vez disso, ao colocar seu precioso filho na arca, eles o confiaram nas mesmas mãos que havia permitido todas as dificuldades. Eles venceram por sua fé no Senhor, e sua fé no Senhor se manifestou em suas obras. Não pode haver dúvida de que o Senhor estava no controle da situação o tempo todo. Isso deve nos encorajar, em todas as nossas fraquezas e falhas, a confiar n’Ele em todos os momentos e deixar isso transparecer na ordem de nosso lar.

D. C. Buchanan

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