Origem: Revista O Cristão – Graça e Governo
Graça e Governo
Graça perdoa – sim, perdoa gratuita, total e eternamente. Porém aquilo que é semeado deve ser colhido. Um homem pode ser enviado por seu mestre para semear um campo com trigo e, por ignorância, frouxidão ou desatenção, semeia algumas ervas daninhas. Seu mestre ouve sobre seu erro e, no exercício de sua graça, ele o perdoa – o perdoa gratuita e plenamente. E agora? O perdão gracioso mudará a natureza da colheita? Certamente que não, e, portanto, no devido tempo, quando as espigas douradas deveriam cobrir o campo, o servo o verá coberto com as ervas daninhas que semeou. A visão das ervas daninhas o faz duvidar da graça de seu mestre? De maneira nenhuma. Como a graça do mestre não alterou a natureza da colheita, nem a natureza da colheita toca, em nenhum momento, a graça do mestre, nem interfere, no menor grau, no seu perdão. As duas coisas são perfeitamente distintas. Além disso, o princípio ainda seria verdadeiro, mesmo que o mestre, pela aplicação de habilidade extraordinária, extraísse da erva um medicamento infinitamente mais valioso do que o próprio trigo. Ainda permaneceria válido que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Este versículo é uma declaração breve, mas abrangente, do grande princípio governamental – um princípio sério e prático. “Tudo o que o homem semear”, não importa quem ele é, assim como foi sua semeadura, será sua colheita. A graça perdoa, mas se você semeia ervas daninhas na primavera, você não colherá trigo na hora da ceifa.
