Origem: Revista O Cristão – A Defesa da Família
A História Moral do Homem e Sua Presente Condição
O Livro de Romanos começa nos dando uma história moral da raça de Adão depois que Deus o criou, providenciou a continuação frutífera da raça, estabeleceu um relacionamento entre Ele e o homem e estabeleceu a maneira como o macho e a fêmea deveriam se relacionar, como homem e mulher e como marido e esposa.
Essa história moral é dada como uma introdução ao evangelho, pois tanto a necessidade do homem como pecador quanto a justa ira de Deus sobre o pecador devem ser apresentadas a ele antes que ele esteja pronto para ouvir e crer no remédio de Deus para essa necessidade e suas consequências.
É-nos dito: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça” (Rm 1:18).
Por quê? “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder como a Sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis [indesculpáveis – ARA]” (Rm 1:19-20).
Por quê? “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1:21).
Como resultado de não glorificar a Deus ou ser grato, aonde a vã imaginação do homem o leva? “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível” (Rm 1:23). O primeiro resultado tolo é substituir Deus por um ídolo de sua própria criação.
Tendo o homem substituído Deus e o conhecimento do próprio Deus, do homem em relação a Ele e ao seu próximo, o que Deus faz? “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si” (Rm 1:24). Além disso, “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza” (Rm 1:26-27).
Tal comportamento tem consequências presentes como também eternas; pois, eles estão “recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Rm 1:27).
Até onde vai essa queda moral do homem? “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso [uma mente vazia de discernimento moral], para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores. aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem [têm prazer naqueles que as fazem – KJV]” (Rm 1:28-32).
O que Deus diz agora ao homem
“Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da Sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:1-5).
Deus é longânimo
É justo que todo homem enfrente a ira de Deus. Por que Deus tolera e permite que o mau comportamento de cada pecador continue? Ele é paciente. Ele quer que o homem se arrependa. Ele conduz o homem ao arrependimento por meio de Sua longânima bondade para com todos os homens.
“Ou desprezas tu as riquezas da Sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” (Rm 2:4)