Origem: Revista O Cristão – As Mãos

A Imposição de Mãos

A imposição de mãos foi muito significativa nos sacrifícios do Velho Testamento. Na consagração de Arão e seus filhos, eles impuseram as mãos sobre o novilho da oferta pelo pecado, sobre o carneiro do holocausto e sobre o carneiro da consagração, mostrando a identificação dos ofertantes com os sacrifícios (Lv 8:14, 18, 22). Na consagração dos levitas, os filhos de Israel primeiro impuseram as mãos sobre os levitas, e os levitas impuseram as mãos sobre a cabeça de um novilho como oferta pelo pecado e sobre o outro novilho como holocausto, para fazer expiação pelos levitas (Nm 8:10-12). No dia da expiação, Arão impunha as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava sobre ele todas as iniquidades dos filhos de Israel, e o bode era enviado para o deserto para expressar o afastamento dos pecados confessados sobre o bode (Lv 16:21).

Introdução ao ofício 

Houve também imposição de mãos na introdução ao ofício, quando Moisés impôs suas mãos sobre Josué e deu-lhe mandamentos do Senhor como seu sucessor (Nm 27:23). Os apóstolos também impuseram as mãos sobre aqueles que tinham sido escolhidos para cuidar dos pobres (At 6:6), e é provável que, na designação de anciãos, mãos tenham sido impostas sobre eles. Timóteo foi aconselhado a não “impor precipitadamente as mãos” a ninguém (1 Tm 5:22). Como sinal de recomendação e comunhão, as mãos foram impostas sobre Paulo e Barnabé quando enviados em sua viagem missionária (At 13:3).

Um dom foi concedido a Timóteo com a imposição das mãos de Paulo, sendo o presbitério associado ao apóstolo no ato (1 Tm 4:14; 2 Tm 1:6). O Espírito Santo também foi dado com a imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17; 19:6). Os enfermos eram frequentemente curados pela imposição de mãos (Mc 6:5; Lc 4:40; 13:13; At 28:8). Essa ação apostólica tem sido imitada na Cristandade e muito mal utilizada, com grandes pretensões sendo feitas quanto a uma posição concedida e bênção espiritual transmitida; ao passo que, se fosse considerada como um simples reconhecimento e sinal de comunhão no serviço, seria um ato escriturístico.

G. Morrish, Dicionário Bíblico Conciso

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