Origem: Revista O Cristão – Ofertas de Cheiro Suave
Incenso
Com relação à oferta de manjares (ou de alimentos), lemos o seguinte na Escritura: “E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao SENHOR” (Lv 2:2).
A perfeição de Cristo em todo o Seu caminho foi que Ele nunca fez nada para ser visto pelos homens; tudo subia inteiramente para Deus. Assim, o cheiro da oferta de manjares era agradável para os sacerdotes, mas tudo era dirigido a Deus. No serviço de Cristo ao homem, o Espírito Santo estava em todos os Seus caminhos, porém todo o efeito da graça n’Ele era sempre dirigido para Deus, mesmo que fosse para com o homem. E assim deve ser conosco; nada deve surgir como motivo, exceto o que é para Deus.
Em Efésios 4:32 e 5:1-2, vemos a graça do nosso Senhor Jesus Cristo para com o homem e a perfeição do homem para com Deus como o alvo. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”. Em todo o nosso serviço seguindo Cristo aqui, temos estes dois princípios: nossas afeições para com Deus, nosso Pai, e a operação de Seu amor em nosso coração para com aqueles que se encontrem em necessidade. Quanto mais miserável o que recebe o serviço no segundo caso, mais verdadeiro é o amor, e mais simplesmente o motivo é para Deus. Podemos amar para cima e para baixo – amar para Deus (para cima) e para o homem (para baixo). Quanto mais vis e indignas são as pessoas por quem me disponho a abençoar, mais graça há nisso. “Deus prova o Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Mas, embora isso seja verdade, por outro lado, quanto ao estado do meu coração, quanto mais elevado o objeto, mais elevada a afeição. Com Cristo, isso foi perfeito. Como pode uma pobre criatura como eu ser um imitador de Deus? Não foi Cristo um exemplo – Deus visto em um Homem? E devemos andar “em amor, como também Cristo nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus” (Ef 5:2). Ele Se entregou por nós, mas para Deus; era a graça de Deus para com pobres pecadores perdidos.
Na oferta de manjares, os sacerdotes podiam sentir o cheiro suave, mas ela não era oferecida a eles; era tudo queimado para Deus. Com relação ao caminho d’Ele, não havia nenhum sentimento que não fosse inteiramente para Deus – por nós, mas para Deus. Era aquilo que era perfeitamente aceitável a Deus.