Origem: Revista O Cristão – Ofertas de Cheiro Suave
Incenso
O incenso era acrescentado aos bolos que estavam sobre a mesa para expressar outro aspecto e verdade a respeito do Senhor Jesus como Homem, a saber, a pureza e fragrância manifestada por Ele a Deus em todos os Seus caminhos, ações e pensamentos. A pureza dos caminhos e palavras de Jesus não era uma santidade fingida, nem foi alcançada por Se separar dos lugares frequentados pelos homens; não era mero resultado do hábito, porque outros observavam, nem era Seu objetivo o aplauso dos homens, mas ela era o resultado natural da inexistência de mácula em Sua própria natureza. E foi sempre diante de Deus que Ele viveu, pensou e agiu. Se o mal viesse de Satanás ou do homem, mesmo nisso Seu consolo era seguir a vontade de Deus. Nele não havia desconfianças, nem suspeitas, nem murmurações de coração contra Deus. Seu caráter e forma de agir eram brancos e puros como o incenso, e Ele sabia que o Pai a Quem tanto amava era bom em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Tudo era aberto e transparente em Cristo; Ele não tinha nada a esconder; Ele não tinha ambiguidades, nem intenções duplas, pois tinha um olho simples. Suas ações, portanto, e Suas palavras eram a transcrição de Si mesmo, a exibição espontânea do que Ele era intrinsecamente – todo pureza e fragrância. Quão maravilhoso e, ainda assim, quão abençoado é que uma árvore da terra produzisse esse incenso puro e de aroma suave – que um mundo, de onde o pecado, a impureza e a abominação continuamente exalavam um mau cheiro, finalmente encontrasse um em seu meio cujos pensamentos mais íntimos, bem como a forma externa de agir, fossem puros, imaculados e perfumados como o incenso que estava diante de Deus! O que, portanto, o Senhor era intrinsecamente como Homem, tipificado pela flor de farinha, Ele também era em todo o puro e fragrante desenvolvimento de Seu caráter, representado pelo incenso. E os olhos e o coração de Deus podiam descansar em tudo isso e Se deleitar no Filho amado, sempre agradável ao Pai, que realmente tinha a bênção de ser “limpo de coração” e, portanto, estava apto para estar debaixo dos olhos de Deus.