Origem: Revista O Cristão – Justificação

Justificação pela Graça, pelo Sangue e pela Fé

“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica” (Rm 8:33). Da Escritura acima aprendemos que ser justificado é estar livre da acusação de pecado. Até crermos no evangelho, a acusação contra nós era de que todos “pecaram e destituídos estão da glória de Deus”, mas, tendo crido, temos o privilégio de saber que fomos “justificado de todas as coisas” (At 13:39 – ARA). Para qualquer um que questionasse nosso direito a essa posição ou que trouxesse qualquer acusação de pecado contra nós, a resposta divina é: “É Deus Quem os justifica”. Se Deus, o Deus contra Quem nós pecamos, nos justifica, quem é aquele que nos condenará? Na epístola aos Romanos, se diz que a justificação é (a) pela graça, (b) pelo sangue e (c) pela fé.

Justificação pela graça 

Até que a graça de Deus fosse revelada pela vinda de Cristo, o judeu estava sob a lei. Mas como Romanos 3:20 nos diz, a lei não justificava. De fato, teve o efeito oposto. A lei era um padrão pelo qual as deficiências do homem eram reveladas e, em vez de absolvê-lo da acusação de pecado, ela estabelecia sua culpa. Mas e o gentio? Está provado que ele também está “debaixo do pecado” (Rm 3:9). É verdade que ele nunca foi provado pela lei publicamente, mas o julgamento do judeu foi suficiente para provar que “nenhuma carne será justificada pelas obras da lei” (nem judeu nem gentio) poderia ser justificada aos olhos de Deus. Todo esforço humano como meio de obter bênçãos é assim descartado e Deus revela que “por Sua graça” Ele pode justificar todos os que creem.

Justificação pelo sangue 

Nunca é o caminho de Deus, no entanto, agir em graça desprezando a justiça, nem justifica o pecador ignorando o seu pecado. O pecado é um desafio à justiça e supremacia de Deus, e para vindicar a Sua justiça, Deus precisa julgar o pecado. Mas como poderia Deus executar o julgamento sobre o pecado que Sua justiça exigia e ainda assim justificar o pecador de acordo com o desejo de Sua graça? É na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo que encontramos a resposta para essa pergunta. Na cruz, o julgamento implacável do pecado que a justiça de Deus requeria foi realizado e, assim, Sua atitude para com o pecado foi claramente declarada. Visto que o Senhor Jesus carregou todo o peso da ira divina contra o pecado, Deus é Justo em justificar todos os que têm fé naquilo que é o testemunho de Sua morte – o sangue.

Justificação pela fé 

Se diante de Deus a justificação é pela graça, diante do homem deve ser pela fé. A graça está em contraste com a lei; a fé está em contraste com as obras. Graça implica dom [presente] e ninguém trabalha por um presente. “Ora, àquele que faz qualquer obra” diz a Escritura, “não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida”. Ou seja, se tivesse sido possível para os homens, por obras de justiça terem cumprido as exigências de Deus, então eles teriam direito à justificação. Mas, como vimos, a lei e as obras da lei são descartadas; portanto, se os homens devem ser justificados, deve ser pela graça no princípio de fé.

A. Whitesmith

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