Origem: Revista O Cristão – Deus é Luz
Luz e Trevas – Quão Sério É Este Assunto?
Na Palavra de Deus, luz é usada para representar o bem, e trevas para representar o mal. Lidar com espíritos malignos não está de acordo com a Palavra de Deus e, portanto, é errado. Na verdade eles são demônios, seres malignos, e pertencem às trevas. Mas a pergunta pode ser feita: “Quão sério é realmente para o Cristão estar envolvido com coisas que estão erradas e são das trevas?” Como resposta a essa pergunta, veremos como a Escritura vê a luz e as trevas e a relação entre elas.
Deus é Luz
Em primeiro lugar, descobrimos que a própria natureza de Deus é luz em 1 João 1:5, onde diz: “Deus é luz, e não há n’Ele treva nenhuma”. A partir desse versículo, vemos que há uma separação absoluta dessas duas coisas e uma completa ausência de trevas (ou mal) na natureza de Deus. Esse caráter de Sua natureza é tão importante que Seu primeiro ato de criação, no primeiro dia, foi dizer: “Haja luz” (Gn 1:3). O que Deus fez a seguir não é apenas notável, mas também é vital para todos os crentes prestarem muita atenção a isso. Ele diz em Gênesis 1:4, “E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas”. Este foi o Seu primeiro ato com relação a esta criação – Ele introduziu a luz e, em seguida, imediatamente separou a luz das trevas! Satanás e o homem têm tentado misturar e confundir as duas desde então, mas elas estão para sempre separadas por Deus. Observe o que o Senhor diz sobre aqueles que misturam luz e trevas em Isaías 5:20: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; os quais põem trevas por luz e luz por trevas, e mudam o amargo em doce e o doce em amargo!” (TB). Aqui temos a mesma ligação: bem = luz; trevas = mal. E o Senhor diz: “Ai dos que” misturam essas coisas.
Luz moral
Assim como a luz física foi introduzida no mundo na criação, a luz moral foi introduzida no mundo quando o Senhor Jesus nasceu nesta Terra. Em João 1:1-9 diz que Ele era “a luz dos homens”. E sendo a luz, aprendemos que, “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. O Senhor Jesus foi o Exemplo perfeito e Testemunha de tudo o que era certo e bom neste mundo, mas o sistema do mundo ficou inalterado por aquela Luz brilhante. E o mundo, estando nas trevas e encabeçado pelo seu príncipe, Satanás, recusou a Luz e determinou Sua extinção. Nos propósitos de Deus, Ele permitiu que o mundo seguisse seu curso, e assim o Senhor Jesus foi entregue nas mãos deles. Ele disse as seguintes palavras em Lucas 22:53: “Tenho estado todos os dias convosco no templo e não estendestes as mãos contra Mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas”. E assim, na cruz do Calvário, eles levantaram suas mãos perversas contra o Senhor Jesus Cristo e fizeram a Ele o seu pior. Também aprendemos que, em três horas de trevas, Deus O castigou por nossos pecados lá. Agora, nos é dito que, porque Ele foi entregue àquelas trevas, Deus agora “nos tirou da potestade [do poder – TB] das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1:13).
O poder das trevas
Mas qual é esse poder das trevas do qual fomos libertados? Já vimos isso como o sistema mundial que é encabeçado por seu líder, Satanás, e se opõe a Cristo. A respeito de Satanás está escrito em 2 Coríntios 4:4 “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. Assim, vemos que Satanás é ativo no mundo, cegando as mentes para manter os homens nas trevas e apagar a luz do evangelho. E os homens estão bastante dispostos a que assim seja, pois diz em João 3:19: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más”. Os homens continuam voluntariamente nestas trevas, desfrutando de suas más ações, e são bastante indiferentes ao fato de que eles estão presos sob o poder de Satanás. Quando somos salvos, descobrimos a realidade daquilo de que fomos libertados. É dito em Atos 26:18 que, “das trevas” fomos convertidos “à luz, e do poder de Satanás a Deus”. Em Efésios 5:8 nos é dito: “Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. E, assim como nosso Senhor era a Luz do mundo, agora Ele diz: “Vós sois a luz do mundo”, e, “assim resplandeça a vossa luz diante dos homens” (Mt 5:14,16).
A luz do evangelho
Como vimos em 2 Coríntios 4:4, foi o brilho do evangelho glorioso de Cristo que trouxe essa luz. Assim como Deus disse: “Haja luz”, na criação do mundo, assim Ele começa o novo nascimento com a luz do evangelho. A fonte contínua da nossa luz é também a Palavra de Deus, pois diz no Salmo 119:130: “A entrada das Tuas palavras dá luz” (ACF).
Deixar que a nossa luz brilhe inclui o fato de não termos nada a ver com as trevas. Assim como a luz física dissipa completamente e afasta as trevas onde quer que brilhe, assim a luz moral que os Cristãos são chamados a emitir ao seu redor dissipa as trevas morais. Em Efésios 5:11 nos é dito: “não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (ARA).
A comunhão
Agora, vejamos o que as Escrituras têm mais a dizer sobre o crente e sua relação com a luz e as trevas. Talvez a denúncia mais forte da mistura dessas duas coisas seja declarada em 2 Coríntios. Toda a passagem é dada abaixo:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo; e Eu vos receberei, e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Co 6:14-18; 7:1).
Novamente, vemos a conexão estabelecida entre a justiça, a luz e Cristo. Por outro lado, a conexão também é estabelecida entre a injustiça, as trevas e Belial (Satanás). Essas coisas são colocadas em oposição umas às outras em termos mais fortes: “Que sociedade… que comunhão… que concórdia (acordo)?” Não há absolutamente nenhuma! E assim diz: “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo”. Temos ideia de como isso é importante?
A promessa
Qual é a promessa imediatamente a seguir? Ele diz: “Eu vos receberei, e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”. Você tem um relacionamento vivo e diário com Deus como seu Pai – Aquele que cuida de você e está envolvido em todas as circunstâncias da sua vida? Se você está envolvido com espíritos malignos, ocultismo ou qualquer uma das obras das trevas, você não pode desfrutar desse relacionamento com Ele. Deus é o Pai de todos os que creem (Jo 1:12), mas é impossível desfrutar desse relacionamento com Ele a menos que estejamos separados das trevas, pois Sua natureza é luz e n’Ele não há trevas.
Observe também que Ele é citado como o “Senhor Todo-Poderoso”. Muitos seguem com as obras das trevas sem temor, mas nosso Pai que anseia por caminhar conosco em um relacionamento tão vivo e próximo é o “Todo-Poderoso”. Não há necessidade de temor, e a fé se eleva acima de tudo para n’Ele confiar.
