Origem: Revista O Cristão – Fruto do Espírito
O Maior é o Amor
O amor é o essencial do Cristianismo. Onde ele esteja faltando, não há verdadeiro Cristianismo. O assunto, portanto, é vital, e suas reivindicações sobre nossa atenção são primordiais. Um dom esplêndido às vezes é muito atraente; uma mente inteligente, quanto aos mistérios da Escritura, é muitas vezes altamente valorizada; uma pessoa abnegada é muito exaltada; e, no entanto, todas essas coisas, se falta amor, são apenas como tantas nuvens sem chuva ou poços sem água. A língua fervorosa e a eloquência fascinante de alguns homens encantam multidões de ouvintes ansiosos e exaltam o orador até aos céus. O santo quieto e discreto, no entanto, diligentemente empenhado no ministério amoroso à alma ou corpo dos filhos necessitados de Deus, é uma obra pequena demais para muitos se dignarem a notar. Mas aos olhos de Deus, quão diferente! Um pode ser apenas um ruído vazio, que logo que é ouvido desaparece para sempre, enquanto o outro é o fruto do Espírito, tendo o valor da eternidade divinamente estampado nele. Sim, diz o apóstolo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade [amor – ARA], seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade [amor – ARA], nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade [amor – ARA], nada disso me aproveitaria” (1 Co 13:1-3). Assim, vemos que o amor é o essencial, a vitalidade do Cristianismo. E no final do mesmo capítulo, descobrimos que, por mais importante e preciosa que a fé seja, e a esperança também, o amor está lá novamente estabelecido em sua importância superlativa como a pedra angular do arco, e lançando mão da fé e da esperança por seu poderoso entendimento da realidade e do poder presentes. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade (amor), estas três; mas a maior destas é a caridade (amor)”.