Origem: Revista O Cristão – Nuvens
A Manhã Sem Nuvens
“[Ele] será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando, pelo seu resplendor e pela chuva, a erva brota da terra” (2 Sm 23:4).
Na primeira das duas canções de Davi em 2 Samuel, há uma alusão notável a toda a história da maneira que Deus lida com Israel, pela qual Davi sentiu o poder moral em si mesmo. Temos uma variedade maravilhosa de circunstâncias passadas, futuras e em torno dele, reunindo toda a história de Davi e seus triunfos, revelando as empatias de Cristo com o coração dele em tristeza, até que ele foi feito a cabeça dos pagãos, e seu povo abençoado sob seu reinado.
Em 2 Samuel 23, temos “as últimas palavras de Davi”, e aqui aprendemos onde seus olhos e coração repousavam, em meio à consciência de seu próprio fracasso e do fracasso de sua casa. Ele esperava a “manhã sem nuvens” – Aquele que deveria governar os homens no temor do Senhor – que deveria construir a casa de Deus e em quem a glória deveria se manifestar. Existia a profunda consciência de toda a ruína, mas o efeito da manhã que se aproximava estava brilhando nela. O efeito sobre o coração de Davi da vinda do Filho de Davi e o fracasso de tudo ao redor, o levou a avançar em espírito para o triunfo completo daquele dia quando todos deverão estar cheios de bênçãos.
Afeições sagradas
Da mesma forma, não devemos viver em busca de bênçãos aqui, à parte da manifestação futura d’Aquele em quem a bênção vem na “manhã sem nuvens”. Até que o poder do mal seja posto de lado, o efeito da energia do Espírito é nos fazer gemer e sofrer em proporção à “manhã”. Nosso gemido, como santos, deve ser sempre o do espírito, por causa da santidade da mente estando no meio do mal, e não por causa do nosso próprio mal. Era assim com Jesus: Ele gemeu por causa de afeições sagradas, e não por causa das profanas. Até que o poder do mal seja posto de lado, quanto maior a energia do Espírito, mais o indivíduo fica exposto à fúria de Satanás.
O efeito prático de tudo isso em nosso coração e nossa consciência é lançar-nos na primeira parte da história de Davi. Se formos fiéis em singeleza de olhos no acampamento de Saul, logo nos encontraremos na caverna de Adulão, tendo comunhão nos sofrimentos de Cristo como a porção de nossa alma. É nessas circunstâncias que teremos tornado boas para nós as mesmas afeições secretas de coração que foram desenvolvidas em Davi quando ele estava humilhado. Quando foi um participante prévio dos sofrimentos e aflições de Cristo, na caverna de Adulão, caçado como uma perdiz nas montanhas, Davi foi cercado por canções de libertação.
O Senhor nos deu singeleza de olhos, no poder de Sua ressurreição, para termos comunhão com Seus sofrimentos.