Origem: Revista O Cristão – Os Olhos
Monitoramento
As imagens eram claras! A garotinha lutava para escapar do aperto no seu braço, enquanto o homem, determinado, a arrastava. A câmera de vídeo passou despercebida até que o “alerta de criança desaparecida” saiu. Em seguida, a busca por pistas para o desaparecimento dela rapidamente localizou a pequena câmera, e a gravação foi vista – vista e amplamente transmitida na TV.
Os telefones da polícia começaram a tocar: “Eu conheço esse homem!” “Esse é o camarada que trabalha na estação!” “Não pode ser o meu vizinho. Ele parece um homem tão bom!”
Mas era o vizinho aparentemente “bom”; todos que ligavam o reconheciam – seu rosto, suas roupas, até suas tatuagens, e o advogado de defesa nomeado pelo tribunal tinha uma tarefa impossível. Não havia como discutir com a câmera. Infelizmente, apenas o corpo da criança foi encontrado.
Outra câmera despercebida estava ligada uma noite numa pequena loja. O empregado da noite estava sozinho atrás do balcão, quando um jovem entrou à procura de dinheiro ou drogas. O funcionário recusou. O intruso pulou o balcão, com arma na mão, e disparou um tiro – um tiro fatal. Não havia testemunhas – pelo menos, nenhuma testemunha viva –, mas a gravação que estava passando mostrava claramente toda a sequência de eventos. Outra tarefa impossível para um advogado de defesa!
Monitoramento por toda parte
Mesmo os pequenos detalhes da vida cotidiana não escapam desse contínuo monitoramento. Certamente uma cabine de pedágio na rodovia sem operador já tentou muitos motoristas a passar pela cabine sem pagar, apenas para se surpreenderem alguns dias depois ao receberem uma notificação de que sua placa foi fotografada em tal lugar e em tal horário, e a multa é de tanto!
Esses não são incidentes isolados. Nós mal nos damos conta da frequência com que nossas ações são “capturadas por câmeras” – de quantas pequenas câmeras estão instaladas por todo o mundo. A tecnologia tornou possível uma imensa rede de monitoramento, embora ela seja muito, muito limitada. Ela não se compara aos olhos de Deus, que tudo veem.
Deus é onisciente
Isso é algo para se pensar com admiração e espanto. Sabemos que Deus é onisciente: Todos sabemos o que isso quer dizer? Ele sabe tudo. Tudo? Sim, verdadeiramente tudo. Até mesmo os “pensamentos e intenções” do seu secreto coração. “Intenções”? Atos nem sequer cometidos, só pensados? Se Deus pode fazer isso, que pecado pode ser cometido sem o Seu conhecimento? Nenhum!
O Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo, disse: “Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz” (Lc 8:17). Se até mesmo os nossos piores e mais pecaminosos pensamentos são conhecidos por Deus, que chance temos de entrar no Seu santo céu, onde nada corrupto ou profano pode entrar? Absolutamente nenhuma, em nossos próprios esforços, nossa própria dignidade, nossa própria bondade.
Perdão
Mas Deus, “que é rico em misericórdia”, providenciou um caminho. Ele deu o Seu Filho, o Seu único Filho amado, para morrer pelos nossos pecados. Isso não é simplesmente extraordinário? A Palavra de Deus, a Bíblia, diz isso muito claramente: “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Mais do que isso, nos é prometido que “todos os que n’Ele creem receberão o perdão dos pecados pelo Seu nome” (At 10:43).
“Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados estão cobertos” (Rm 4:7). Pecados cobertos e perdoados! E é Deus quem os cobre, o mesmo Deus que tudo vê e tudo sabe que diz “jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades”.
Você já reconheceu para Deus que é um pecador e recebeu esse maravilhoso perdão? Não há entrada no céu sem isso!
Echoes of Grace, 2006