Origem: Revista O Cristão – Música

A Música é Como o Mel

Enquanto os Cristãos estão na Terra esperando o Senhor vir, há um lugar para a música nas coisas da natureza, desde que seja feito da maneira correta. Parece-me apropriado usar música saudável em coisas como casamentos, funerais, cantar em casa ou em atividades recreativas para crianças e jovens, ou para escutar casualmente. As instruções dadas no Velho Testamento sobre o uso do mel são úteis para determinar como usamos a música. O uso do mel era para eles o que a música e outras coisas agradáveis da natureza são para nós. O mel na Palavra de Deus é uma figura da “doçura natural” e, por esse motivo, ele era proibido nos sacrifícios. “Nenhuma oferta de manjares, que oferecerdes ao SENHOR, se fará com fermento; porque de nenhum fermento, nem de mel algum oferecereis oferta queimada ao SENHOR” (Lv 2:11). O mel nunca deveria ser apresentado com sacrifícios a Deus. Esse princípio nos ensina que a música não tem lugar na adoração ao Senhor. “Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade” (Jo 4:24). A música pode ser doce para nós, mas Deus não a aceita.

No entanto, o consumo de mel era encorajado para usos naturais, desde que não fosse em excesso. “Come mel, meu filho, porque é bom, e o favo de mel, que é doce ao teu paladar Achaste mel? Come o que te basta; para que, porventura, não te fartes dele e o venhas a vomitar Comer muito mel não é bom; assim, a investigação da própria glória não é glória” (Pv 24:13; 25:16, 27). A música se enquadra nessa categoria para nós que somos Cristãos. Deus providenciou para as nossas necessidades naturais e humanas, e coisas como casamento e música estão incluídas nisso. Mas, como acontece com o mel, consumir muito dele faz com que ele perca seu valor e se torne excessivo e prejudicial. Tomemos cuidado para não permitir mais do que é bom para nossas necessidades terrenais. Em breve deixaremos esse corpo e não precisaremos mais dessas coisas.

Jônatas provou um pouco de mel 

A história de como Jônatas, filho de Saul, venceu o filisteu é um exemplo do uso adequado do mel. Ele, com seu escudeiro, agiu com fé no Senhor e obteve uma vitória sobre a guarnição dos filisteus, o que provocou um tumulto no acampamento dos filisteus. Foi uma grande vitória para Israel. Quando Jônatas estava fraco por falta de comida na batalha, ele “estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos” (1 Sm 14:27). Ele tomou um pouco de mel e conseguiu continuar lutando contra o inimigo. Ele não estava ocupado em procurar o mel – o Senhor que o havia ajudado a obter a vitória forneceu o que ele precisava ao longo do caminho. Receber o mel dessa maneira o levaria a tomar apenas o que era suficiente para iluminar seus olhos, e não tanto para encher sua barriga. Tratar a música dessa maneira nos impedirá de ter excessos.

Na sequência da história, lemos que o povo se lançou ao despojo e comeu carne com sangue. Eles comeram às pressas, porque estavam com muita fome. O rei Saul havia imprudentemente proibido toda comida, o que os levou a pecar. Nem o legalismo nessas coisas, por um lado, nem o descuido, por outro, nos tornarão mais justos. Que o Senhor nos ajude a manter a proporção certa de música em nossa vida.

D. C. Buchanan

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