Origem: Revista O Cristão – Tesouros

Nossas Próprias Coisas ou o Tesouro d’Ele?

Uma das maiores provas da proximidade da vinda do Senhor é (embora tenhamos muito pelo que louvar e agradecer a nosso Deus gracioso) o estado geral baixo e morno de coisas entre nós – mornidão ao próprio Cristo, manifestada de muitas maneiras. E, principalmente, acho que posso dizer, isso se manifesta no fato de que (com exceções que trazem glória a Deus) a maioria “busca o que é seu e não o que é de Cristo Jesus” (Fl 2:21). Ou seja, Ele não tem Seu lugar de direito em nosso coração.

Buscamos nossas próprias coisas, e, embora elas não sejam coisas erradas em si mesmas, talvez, ainda assim, o coração esteja indevidamente ocupado com elas; então o Senhor Jesus, como o objeto pelo qual deveríamos viver e servir, se perde. Sua presença é desviada e a alma se coloca, inconscientemente, a uma distância d’Ele. O discernimento espiritual está obscurecido e o poder espiritual está quase acabando. Há pouco cuidado com as coisas de Jesus Cristo como eram antes. Permitam-me, então, queridos irmãos, insistir com vocês, e comigo também, sobre a verdade de que “não somos de nós mesmos”, mas fomos comprados por bom preço. E a que preço! Ele Se entregou por nós – Ele próprio! Não somos deixados aqui meramente para viver de forma decente, respeitável e dentro de bons valores morais, até que o Senhor venha, mas a viver para Ele. Devemos ser testemunhas para Ele, e, de alguma maneira, servir uns aos outros e às almas ao nosso redor, apresentando o nosso corpo como um sacrifício vivo a Deus – um sacrifício diário a Ele, que é o nosso culto racional. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12:2).

E que coisa mais feliz é essa! Como provamos “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, quando nos entregamos de coração e de maneira real a Ele, como aqueles que estão vivos dentre os mortos! Como o eu praticamente também se foi, quando nos entregamos “a Deus” e “pelos outros”, e quando então “andamos em amor” (Ef 5)! Que doce sabor para Deus!

Como podemos ter a Cristo como um objeto para nosso coração (que é como Ele deveria ser para nós)? É vendo que Seu coração está sempre pensando e cuidando de nós – que somos o Seu tesouro. Como alguém disse: “É tão verdadeiro para Ele, assim como é para nós, que, onde está o Seu tesouro, ali também está o Seu coração”.

Sim, queridos filhos de Deus, como é bom ver que Ele está sempre pensando, tendo empatia, vigiando, cuidando e nos amando. Oh, que possamos desfrutar mais disso!

Vamos nos julgar a nós mesmos por isso, queridos irmãos, fazendo a oração de Efésios 3, que termina pedindo que conheçamos o amor de Cristo por nós, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejamos cheios de toda a plenitude de Deus.

J. B. Dunlop (adaptado)

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