Origem: Revista O Cristão – Os Ouvidos

Os Ouvidos de Samuel

Silenciado foi o hino da noite;
Os pátios do templo se escureceram;
A lâmpada estava quase apagada
Lá, diante da arca sagrada;
Quando uma voz divina, de repente,
Soou, no silêncio do santuário, claramente.

Já velho, fraco e cansado,
O sacerdote de Israel, dormia;
E em seu turno no templo, um menino,
Um pequeno levita, em seu destino;
E o que a Eli foi então selado,
Pelo Senhor, foi ao filho de Ana revelado.

Oh, dê-me, de Samuel, o ouvido:
Sempre aberto para Ti, Senhor,
Pronto e capaz em seu sentido
A cada Palavra Tua, e em temor,
Como ele, responder ao Teu chamado,
A qualquer custo, à voz do meu Amado.

Oh, dê-me o coração de Samuel.
Sempre humilde, um coração fiel.
Que em Tua casa com fé permaneça,
E em Teus portões, a vigília não esqueça.
Um coração, que dia e noite, a Ti agrade,
E se mova no sussurro da Tua vontade.

Oh, dê-me de Samuel, a mente.
Uma fé que não murmura e que contente,
Com resignação e obediente,
Vida ou morte a Ti sempre apresente!
E para que eu tenha reveladas,
Verdades que a sábio algum serão mostradas.

J. D. Burns

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