Origem: Revista O Cristão – Aves

A Parábola do Cedro e as Duas Águias

A disciplina nos preserva para bênção futura, mas ela não nos exalta neste mundo presente. Conectados com esse pensamento, vamos ler esta parábola em Ezequiel 17.

Este cedro é Judá, ou a casa de Davi; as duas águias são o rei da Babilônia e o rei do Egito. Judá, o cedro, havia incorrido na disciplina do Senhor, e o Senhor usou o rei da Babilônia, uma das águias, como a vara de Sua mão, para correção. Sob essa vara, a casa de Davi seria humilhada, mas preservada – pois a correção é para purificação, não para destruição. A disciplina nos planta num “campo frutífero” (KJV) e junto a “grandes águas”, mas nós crescemos ali, por ora, apenas como “um salgueiro”, como “uma videira mui larga, de pouca altura”. Como esta parábola diz, “humilhado”, mas guardado e protegido (Ez 17:5-6,14).

Joaquim, que era desse cedro, descobriu que era assim. Ele se humilhou sob esta águia, o rei da Babilônia, a vara do Senhor para correção, e foi preservado, embora “humilhado” por um período. Por 36 anos, ele ficou escondido na Babilônia, mas então foi exaltado, provando que havia sido plantado num “campo frutífero”, embora, por muito tempo, ele tenha sido apenas “um salgueiro”. (Veja 2 Reis 24-25.)

O rei do Egito 

Mas outra águia se aproxima do cedro, e este cedro, a casa de Davi, na pessoa de Zedequias, que sucedeu a Joaquim, a solicita, “lançou para ela as suas raízes e estendeu para ela os seus ramos, desde as auréolas do seu plantio, para que a regasse” (Ez 17:7).

Zedequias busca o rei do Egito, “para que lhe mandassem cavalos e muita gente” (v. 15) e pudesse florescer novamente sob a sombra dele, recusando-se a continuar sendo “um salgueiro”. Mas isso foi rebelião contra a vara do Senhor, e o Senhor vê isso como rebelião contra Si mesmo. Ele pergunta: “Tal cedro prosperará?” E responde: “Não prosperará”. Zedequias teve que conhecer não apenas a disciplina, mas o juízo do Senhor (Ez 17:19-20). Que figura isso é, e que moral se pode ler nela!

A mão de Deus 

Feliz é quando a alma se curva às mãos de Deus, aceitando o castigo de nossos pecados. É o lugar de bênção. A bênção de Israel começou ali. Quando eles tiraram seus atavios e buscaram o Senhor fora do arraial, eles estavam no caminho para uma bênção (Êx 33). E, assim, depois de terem falhado no reino como falharam no deserto, sua bênção estava na Babilônia como antes estava fora do acampamento. Eles deviam aceitar o castigo de seus pecados e ir para lá.

É assim conosco individualmente: Devemos ser quebrantados para sermos abençoados. A disciplina nos guardará para futura exaltação, mas nos deixa “humilhados” neste mundo. É um “campo frutífero” para a alma. Mas esses são termos de que particularmente não gostamos. Preferiríamos “lançar nossas raízes” para aquilo que pode nos ajudar no mundo. Mas esse caminho, que é o nosso próprio caminho, terminará, como aconteceu com Zedequias, em vergonha e ruína. (Veja 2 Reis 25.) Aceitar a disciplina de Deus, submeter-se à Sua mão poderosa, terminará, como aconteceu com Joaquim, em bênção e exaltação.

J. G. Bellett (adaptado)

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