Origem: Revista O Cristão – Temor e Ousadia

Perfeito Amor

“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento” (1 Jo 4:18 – ARA). Mas há um temor piedoso que o livra de muitas coisas más – um temor que, se um santo estivesse dizendo: “Eu gostaria de fazer isto ou aquilo”, o faria sentir que “o olho de Deus estará me sondando, e eu vou desistir”.

Que papel tenho eu a desempenhar em conexão com a redenção? Nenhum, além da absoluta submissão; constrangido a repudiar tudo que esteja ligado com o eu e receber a bênção da provisão de Deus.

A falta de uma distinta percepção da diferença entre a carne e o Espírito mantém os santos em um estado muito baixo. Eles podem estar seguros quanto à eternidade e, ainda assim, podem entristecer e extinguir o Espírito. Se você tem a salvação, mas tem noções judaicas de uma caminhada judaica, você estará incessantemente entristecendo o Espírito, confiando em algo em sua caminhada que Deus quer remover. Deus não pode aprovar o amor nas coisas presentes que Demas tinha. Ele não pode aprovar nada da carne nos Cristãos. Se o Espírito de Cristo está em mim, tudo que é do “eu” deve ser julgado.

Em um copo de água, como você pode deslocar a água? Colocando algo mais pesado que a água dentro do copo. Se você tem um coração cheio de luxúria e vaidades, como vai desistir de tudo isso? Pelo precioso ouro de Deus derramado no vaso; tudo será deslocado por ele.

Não fales do que tens deixado, se Deus te deu a Cristo. Você pode comparar qualquer coisa com Ele? Não são elas, as insondáveis riquezas, que você tem n’Ele? Você não é obrigado a dizer: “Pai, só Tu sabes qual é o Teu dom; Tu sabes da Sua cruz e glória”. Oh, que coração pode conceber o que será olhar para aquela face! O que você dirá então da beleza de Cristo! Oh, quando se imagina como Aquele ungido é pessoalmente! Quem poderá ver a plenitude da divindade n’Ele, sem se sentir como uma criancinha olhando para o Pai que Lhe deu, e sentindo, “Ele sabe tudo a respeito d’Ele”, e aí o coração descansa .

G. V. Wigram

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