Origem: Revista O Cristão – Força e Fraqueza

“Portai-vos Varonilmente, Sede Fortes”

É compreensível que um jovem fraco e apático seja incapaz de falar mais alto do que um sussurro ou de se mover além do ritmo de uma tartaruga. Mas um jovem forte e vigoroso que desbrava o mundo e se projeta pela força de seu caráter e que, tendo-se tornado um Cristão, é entorpecido, tímido e, para todos os efeitos e propósitos, quase inútil nas batalhas do Senhor, esse é um mistério inexplicável. Como é que há tantos jovens Cristãos fracos e apáticos dessa maneira? Tímidos demais para distribuir um folheto – lentos demais para se moverem para fazer até mesmo um serviço simples para seu Senhor e Mestre! O que os aflige? Será que são incuráveis?

Há cerca de 20 anos, nós conhecemos um jovem que estava procurando trabalho. Várias e várias vezes nós o vimos nessa busca dolorosa. Alguns dias atrás, vimos esse mesmo indivíduo mais uma vez – não mais jovem, mas agora um homem corpulento de meia-idade. Ele ainda estava procurando trabalho – ainda na mesma velha busca! Ele nos fez pensar em homens de um tipo semelhante nas coisas Cristãs – homens que passam a vida inteira procurando trabalho olhando para o lado errado, e que estão ocupados não fazendo nada por Cristo até que seus cabelos ficam grisalhos, e que dão indícios de que vão morrer não fazendo nada. Deve haver um propósito de alma e determinação, pela graça de Deus, para efetuar o propósito, caso contrário, não haverá resultado.

“Portai-vos varonilmente, sede fortes” (1 Co 16:13 – TB), disse o apóstolo aos santos de Corinto, que eram prósperos e tinham uma vida cômoda. Eles precisavam ser estimulados ao zelo e ao sacrifício próprio; eles sabiam pouco das dificuldades do apóstolo, e muito pouco do espírito de Paulo ardia no coração deles. “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo“, disse ele, “porque, quando estou fraco, então, sou forte” (2 Co 12:10).

Nas coisas de Deus, já vimos jovens inúteis – segundo a avaliação do mundo – completamente úteis para Deus. Embora não fossem favorecidos com metade do dom usual de inteligência, eles serviam a Deus com a inteligência que tinham, enquanto, ao lado destes, jovens Cristãos inteligentes, brilhantes e de boa educação eram notáveis apenas por não produzirem nada em trabalho para Deus.

Fazemos um sincero apelo aos jovens Cristãos para que se dediquem ao serviço de Deus – para que orem e trabalhem, para que orem e examinem as Escrituras, para que se livrem de seu comodismo e egoísmo e se entreguem ao trabalho sincero para o Senhor!

H. F. Witherby

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