Origem: Revista O Cristão – Alimento Espiritual e Exercício

Provando que o Senhor é Benigno

Tendo já provado “que o Senhor é benigno”, chegamos à Sua Palavra e recebemos d’Ele aquilo que precisamos para consolar, nutrir e renovar nossa alma. A Palavra vem sempre com sabor d’Ele mesmo. É conhecida como “a Palavra da sua graça”. Eu posso estudar a Palavra muitas vezes, mas a menos que eu entre em comunhão com Ele por dela, isso não me trará proveito, pelo menos não no momento.

Deus não revela Suas coisas “aos sábios e instruídos”, mas aos “pequeninos”. Não é a força da mente do homem que julga “as coisas de Deus” que recebe a bênção d’Ele; é pelo espírito do bebê que deseja “o genuíno leite espiritual”. Ele diz: “Abre bem a tua boca, e ta encherei” (Sl 81:10). A mente mais preparada deve chegar à Palavra de Deus como um “bebê recém-nascido”.

E assim também falando da verdade de Deus: Sempre que não podemos falar “segundo as Palavras de Deus”, por meio do poder da comunhão, é nosso dever ficar em silêncio. Devemos ser cautelosos para não brincar com a verdade sobre a qual estamos incertos; Nada impede mais o crescimento do que isso, pois somos tentados a agir como mestres e não como aprendizes. Nossa posição em relação à verdade de Deus deve ser sempre a dos recém-nascidos que desejam “o genuíno leite espiritual”, para que “vades crescendo”

Mas não há nada tão difícil para nosso coração como ser humilde, nada tão fácil como sair deste estado de humildade. Não é apenas por preceitos que somos levados a esse estado ou preservados nele; mas é provando “que o Senhor é benigno” (1 Pe 2:3). É bem verdade que Deus é um Deus que julga; Ele executará vingança contra Seus inimigos, mas não é desse modo que Ele Se posiciona em relação ao Cristão. Ele é conhecido por nós como “o Deus de toda graça”, e a posição em que estamos colocados é a de provar “que o Senhor é benigno”.

O coração natural 

Como é difícil para nós acreditar nisso – que o Senhor é benigno! O sentimento natural de nosso coração é: Sei “que és homem rigoroso”. Se nossa vontade for frustrada, tenderemos a brigar contra os caminhos de Deus e ficaremos irados porque não podemos ter nosso próprio caminho. Talvez aconteça que esse sentimento não se manifeste, mas ainda assim, em todo caso, há a falta e a necessidade em todos nós, naturalmente, do entendimento da graça de Deus – a incapacidade de apreendê-la. Veja o caso do pobre pródigo no Evangelho; o pensamento da plenitude da graça de seu pai não tinha entrado em sua mente quando ele partiu de novo para sua casa, e, portanto, ele só contava em ser recebido como um “empregado contratado”. Mas o que o pai diz? Quais são os sentimentos do seu coração? “Trazei depressa a melhor roupa, vesti-lho, ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés; e trazei o bezerro cevado, e matai o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lc 15:22-24). Isso é graça – graça gratuita.

Assim também no caso da mulher samaritana que não conhecia o caráter d’Aquele que falava com ela. O Senhor lhe disse: “Se tu conheceras o dom de Deus e Quem é o que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva” (Jo 4:10). Se você apenas tivesse entendido o que é a graça, você teria pedido, e Eu teria dado.

Verdade Cristã (adaptado)

Compartilhar
Rolar para cima