Origem: Revista O Cristão – Passando a Tocha
Provisão Moral Não Sucessão Oficial
A vinda do Senhor é o que sempre é colocado diante do crente como uma esperança presente, e, por esta razão, não há provisão para sucessão oficial. “Cedo venho” é a linguagem d’Aquele que ordena a Igreja. Aqui não há tempo ou futuro, no pensamento de Deus, para sugerir qualquer necessidade de sucessão. Na antiga economia judaica, isso estava contemplado, mas não agora, neste dia da graça.
Com relação às duas declarações, “nos últimos tempos” e “nos últimos dias”, elas são vistas em um sentido moral como estando sempre presentes, e as igrejas são tratadas como prestes a encontrar seu Senhor no Seu retorno.
Existe, é claro, uma provisão no sentido moral para se ter ordem na igreja, mas não em cargos designados através de sucessão oficial. “Qualquer que deseje exercer a supervisão, deseja uma boa obra” (1 Tm 3:1 – JND). Observe que diz “qualquer que”. E então vêm as qualificações morais que são necessárias para suprir a necessidade desse serviço. O mesmo se aplica também aos diáconos. Assim, vemos a maneira como a graça hoje, e em cada geração, atende às necessidades da Igreja em um exercício moral das almas, e não de uma maneira oficialmente designada.
O que foi profetizado para suceder os apóstolos, encontramos em Atos 20:29-30: “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. Isso infelizmente era verdade e ainda é verdade. No entanto, cada geração, em seus dias, teve aqueles homens piedosos que foram levantados para atender à sua necessidade, e ainda é assim. Lemos em Hebreus 13:7, “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”. Isso se refere aos amados servos fiéis que partiram, porém devemos nos lembrar da Palavra de Deus que eles nos ministraram. Um pouco mais adiante, diz: “Obedecei a vossos pastores [guias – ARA] e sujeitai-vos”. Esses são aqueles em nossa geração que estão servindo de acordo com sua capacidade moral e devoção a Deus e à Sua Palavra. Paulo encomenda os irmãos, em Atos 20, a Deus e à Palavra da Sua graça. Estes dois sempre permanecem para nos guiar.