Origem: Revista O Cristão – Castigo

Uma Raiz de Orgulho

Se em meu espírito sou orgulhoso, perdendo assim o lugar de humildade diante de Deus, e alguma concupiscência se manifesta, Deus pode usar essa falha em particular para me atingir e castigar por essa raiz de orgulho ou vontade própria que parecia não ter relação alguma com a concupiscência que se manifestou. Assim foi com Pedro; ele confiava em si mesmo, e isso levou à sua queda. O Senhor em Sua graça a tinha previsto de antemão; Ele olha para Pedro, e isso parte o coração de Pedro. Depois disso, Ele não diz uma palavra publicamente sobre o particular fracasso, mas trata com Pedro da maneira mais próxima para trazer à tona essa confiança em si próprio. “Simão, filho de Jonas”, Ele diz, “amas-Me mais do que estes outros?” Uma segunda e uma terceira vez, Ele diz: “amas-Me?” Por fim, Pedro teve que se refugiar na onisciência do Senhor. Ele, que conhece todas as coisas, podia ver o amor que havia no coração de Pedro, mesmo que ninguém mais pudesse.

A alma que conhece e admite sua miséria e que não tem pretensão alguma de fazer qualquer reivindicação, antes coloca sua miséria diante de um Deus de bondade, é uma alma que Jesus nunca se recusa a confortar. Ele pode ser repelido pelas reivindicações de uma falsa e pretensa justiça, mas não pode ocultar-Se da miséria que busca o Seu favor e que não tenha qualquer apelo ou súplica, a não ser por misericórdia, pois a misericórdia habita no coração de Deus, e Jesus é a expressão dessa misericórdia e o canal por meio do qual ela flui.

É bom notar a rara e bela humildade de Paulo! 1) Como pecador, ele chama a si mesmo de principal. 2) Entre os santos, ele é menor do que o mínimo (TB). 3) Como apóstolo, ele não é digno do nome.

Sound Words, 1873 (adaptado)

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