Origem: Revista O Cristão – O Reino

As Fases do Reino

Um reino é um círculo de países e pessoas que reconhecem um rei como seu chefe de governo, como a Grã-Bretanha. O reino de Israel nos dias de Davi era o povo de Israel, que se submetia ao governo de Davi. Ele era o rei deles. O reino dos céus significa um círculo de pessoas na Terra que reconhecem o domínio do céu; o reino de Deus, o governo de Deus. O primeiro é mais objetivo, o segundo é subjetivo – isto é, o primeiro está relacionado com o Rei, que está no céu, e o último com a presença de Deus na Terra. Estes são os dois títulos gerais dados ao reino nos Evangelhos.

Quando o trono do Senhor foi removido de Jerusalém, devido Israel ter abandonado Jeová para se entregarem à idolatria, o governo da Terra foi entregue aos governantes gentios, dos quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, foi o primeiro e a melhor figura. Para ele, o Deus do céu dava poder, domínio e autoridade, mas não a Sua presença, como Ele fez pela Shekinah – a nuvem de glória – em Jerusalém. Ele Se nomeia o Deus do céu, não o Deus da Terra, como fez quando as tropas triunfantes de Josué atravessavam o Jordão. Mas os governantes gentios perverteram a autoridade que Deus lhes deu; muitas vezes agiram como os animais selvagens sem consciência para com Deus. Quando Cristo vier novamente, eles saberão que o céu governa.

As três formas do reino 

Temos três formas que o reino tomou na Escritura do Velho Testamento, como visto nos livros de Reis, Crônicas e Daniel: primeiro, o reino do Senhor nas mãos de Davi, Salomão e seus sucessores até o cativeiro babilônico. Segundo, o reino que foi entregue ao governo gentio e continuado por quatro impérios sucessivos: babilônico, medo-persa, grego e romano. Terceiro, o Deus do céu no final estabelecendo um reino que nunca será destruído, isto é, o reino milenar, sobre o qual Cristo, o Filho do Homem, reinará em poder e glória.

Antes que o Rei de Deus pudesse vir para reinar, Ele tinha que vir como Salvador-Jeová para sofrer, como o Evangelho de Mateus claramente traz à tona. Ele veio no devido tempo, de acordo com a profecia, o verdadeiro Filho de Davi e Filho de Abraão, o herdeiro do trono de Jerusalém e das promessas feitas a Israel como nação, mas que foi rejeitado por Israel. O reino foi, portanto, adiado e assumiu uma nova forma após Sua rejeição; as chaves foram confiadas a Pedro como o grande administrador dele; o reino tomou uma forma misteriosa por causa de o Rei rejeitado estar no céu e longe da esfera dele, e o reino deveria ir para todas as nações. Judeus, samaritanos e gentios, que se submetessem às reivindicações do Rei pelo batismo, se tornariam Seus súditos.

O reino vindouro 

O reino cresceu até chegar ao que a Cristandade é agora. Mas depois que a Igreja for reunida, o que está acontecendo ao mesmo tempo, haverá um processo de purificação, toda a iniquidade será eliminada, o julgamento será derramado, Israel será restaurado e o Rei voltará e estabelecerá o reino em poder e reinará com Sua noiva por mil anos. “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11:15).

Depois disso, quando todo poder, autoridade e governo que são contrários a Cristo forem abatidos, os ímpios mortos serão ressuscitados, julgados e lançados no lago de fogo, e o Filho entregará Seu reino a Deus e Pai, para que Deus seja tudo em todos.

A. P. Cecil

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