Origem: Revista O Cristão – Santidade
O Caminho da Verdadeira Santidade
O grande apóstolo dos gentios foi mais enfático quando escreveu: “Segui a… santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). Por causa da natureza de Deus, sendo imaculada em santidade, alguém que não corresponda moralmente a essa natureza não pode andar em Seus átrios. É impossível que algo que contamine entre ali ou alguém que pratique abominação.
Nossa falta de santidade
Santidade pode ser distinguida da justiça. A justiça é a coerência nos relacionamentos, e a santidade é uma aversão inerente à iniquidade e deleite no que é excelente e bom. Sendo medidos por um padrão como este, cada membro de nossa raça caída é desqualificado por natureza para estar na presença de Deus. Nisto “não há diferença, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23). Procurar santidade natural em um único exemplar da descendência do primeiro homem seria como esperar colher figos dos abrolhos ou uvas de espinheiros. Quando um homem reconhece isso diante de Deus de maneira franca e humilde é o começo de coisas boas com ele.
Cristo nossa santidade
Aqui Cristo vem como a única esperança do pecador. Enquanto Ele mesmo, o Santo de Deus, em Quem a morte não tinha direito, e para Quem o julgamento não tinha nenhum significado, em Sua graça, Ele condescendeu a sofrer e morrer pelos pecados dos outros. Ressuscitado dentre mortos, Ele é apresentado por Deus a todos como Aquele que atende a todas as necessidades. Para os crentes em Corinto, o Espírito escreveu: “Mas vós sois d’Ele [Deus], em Jesus Cristo, o Qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação [ou santidade], e redenção” (1 Co 1:30). Todos os crentes têm em Cristo uma vida e uma natureza novas e absolutamente santas, que lhes permitem deleitar-se em Deus e que os tornam aptos a estarem na presença divina para sempre.
Santidade na vida diária
A santidade na vida diária flui da percepção disso. O verdadeiro Cristão anseia por ser consistente na prática com o que Deus fez dele em Cristo. Ele não ocupa a mente consigo mesmo, mas com Cristo, em cuja imagem anseia sinceramente ser plenamente conformado. Ele não procura mais por coisas boas na carne. Em vez disso, ele a trata em fé como já estando uma coisa crucificada e procura desenvolver seu novo homem pelo poder do Espírito Santo. Ele mantém diante de si continuamente a importante exortação em 1 Pedro 1:15-16: “Mas, como é Santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu Sou santo”. De acordo com isso, ele apresenta seus membros “para servirem à justiça para a santificação” (Rm 6:19). A aflição, quando vem, ele a recebe como disciplina de Deus, enviada para o seu proveito, para que ele possa se tornar um participante prático da santidade de Deus (Hb 12:10).
