Origem: Revista O Cristão – A Trindade

Um só Deus – Um só Mediador

“Há um Deus, um Mediador também de Deus e homens, Cristo Jesus um Homem, o Qual Se deu a Si mesmo em resgate por todos, o testemunho em seus próprios tempos. Para o que fui constituído um pregador e apóstolo (digo a verdade, não minto), um mestre dos gentios, em fé e em verdade” (1 Tm 2:5-7 – tradução de Willian Kelly).

A unidade de Deus é a verdade fundamental do Velho Testamento, pois era o testemunho central pelo qual o povo Judeu era responsável, em um mundo onde todos os outros lugares estavam entregues à idolatria. Devemos acrescentar que Jeová, o Deus de Israel, era Aquele Jeová, Seu próprio nome de relacionamento com Seu povo na Terra. “Vós sois as Minhas testemunhas, diz o SENHOR, e Meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e Me creiais, e entendais que Eu Sou o mesmo, e que antes de Mim deus nenhum se formou, e depois de Mim nenhum haverá. Eu, Eu Sou o SENHOR, e fora de Mim não há Salvador” (Is 43:10-11).

Mas durante a dispensação Judaica, Deus, embora conhecido por ser Um, não era conhecido como Ele é. “Fez conhecidos os Seus caminhos a Moisés, e os Seus feitos aos filhos de Israel”. Ele habitava nas trevas espessas, mesmo onde Se cercava de um povo por possessão, e um véu encobria o que havia de manifestação da presença divina, de modo que o sumo sacerdote se aproximava apenas uma vez por ano, com nuvens de incenso e não sem sangue para que ele não morresse. Foi somente Jesus que O tornou verdadeiramente conhecido, como vemos (onde menos se poderia esperar) por aquele ato de graça incomparável em que Ele estava cumprindo toda a justiça quando batizado por João no Jordão. Lá, quando o Espírito Santo desceu sobre Ele, o Pai desde o céu proclamou que Ele era Seu Filho amado. A Trindade foi revelada. É nas Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo que Deus, o Deus único, é realmente conhecido. Sem Jesus isso era impossível; Quando Ele dá o primeiro passo, a Trindade em unidade resplandece – amor e luz, onde não há trevas nenhumas. Quão infinita é a nossa dívida para com o Verbo feito carne, que Se dignou tabernacular[2] conosco, Filho unigênito que declarou Deus e revelou o Pai.
[2] N. do T.: O verbo inglês tabernacled significa assumir uma morada temporária.

Assim, como precisamos, temos uma imagem adequada do Deus invisível, e esse Jesus é Mediador de Deus e dos homens, embora a mediação, é claro, vá além da representação, pois há duas partes: Sua Humanidade e Seu resgate, ambos em um momento especial, se Deus deve ser conhecido e se o homem pecador deve ser adequadamente abençoado no conhecimento de Deus.

O Mediador é um homem, para que Deus seja conhecido pelos homens. O Absoluto é distinto do relativo por um abismo intransponível para nós. Nós, criaturas, somos universalmente relativos. Mas se o homem não pode se elevar a Deus, e aqueles da humanidade que, por graça, são justos, repudiarão e abominarão acima de tudo um pensamento tão presunçoso, Deus pode e, com infinito amor, desce ao homem, ao homem em sua culpa e miséria com um juízo sem fim diante dele.

Bible Treasury 15:90

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