Origem: Revista O Cristão – O Digno Juiz
As Tempestades Continuam Ficando Mais Fortes
O título deste artigo é também o título parcial de um artigo em uma edição recente da revista Time, após a devastação causada pelo furacão Irma no final de agosto e início de setembro de 2017, que afetou o sul dos EUA e muitas ilhas do Caribe. O que é desconcertante, no entanto, é que esse título parcial está em letras menores, enquanto que abaixo está uma adição em uma impressão muito maior e mais ousada: “E nós também”. A intensão do artigo é trazer que, mesmo que as tempestades estejam ficando mais fortes, o homem está aprendendo como lidar melhor com elas. Os próprios autores explicam que “muitas pessoas inteligentes fizeram muitas coisas certas para evitar que um furacão histórico causasse danos históricos”. Desde o furacão Irma, dois outros furacões e dois terremotos razoavelmente fortes afetaram o continente norte-americano, causando mais destruição. De fato, o dano causado em Porto Rico pelo furacão Maria é tão grande que as previsões atuais são de que pode levar seis meses para que a energia elétrica seja restaurada.
É um fato que as tempestades estão ficando mais fortes. É verdade que furacões muito fortes ocorreram antes, mas eram geralmente poucos e distantes entre si. Nos últimos anos, e especialmente em 2017, houve mais tempestades, tempestades mais fortes e mais próximas umas das outras. Outros eventos também, como terremotos, grandes quantidades de chuvas com inundações, secas severas e tsunamis, têm sido mais frequentes nos últimos anos.
Sem dúvida o dano causado não apenas reflete a gravidade e a frequência das tempestades, mas também a crescente população do mundo. Áreas que antigamente eram pouco povoadas são habitadas por muitas pessoas, e a infraestrutura é, em consequência, mais suscetível ao dano.
Experiência
É verdade que o homem aprende pela experiência. Os efeitos desastrosos do furacão Catrina em 2005 nos ensinou muitas lições valiosas, e a resposta a furacões que aconteceram depois foi proporcionalmente melhores. Mais pessoas tem sido evacuadas, medidas de emergência tem sido introduzidas de maneira melhor, e respostas mais rápidas tem resultado em melhor controle de danos.
Tendo dito tudo isso, no entanto, resta que o homem não é páreo para o poder de Deus na criação, e com toda a sua arrogante ousadia, ele percebe no fundo que ele pode ser colocado de joelhos com bastante facilidade. O mundo moderno vive de dois produtos básicos – eletricidade e petróleo. Sem eletricidade, computadores, caixas registradoras, telefones celulares e a Internet não funcionam. Uma vez que os negócios modernos são controlados e transacionados por essas entidades, sem eletricidade, ela para. É verdade que a eletricidade pode ser gerada por carvão, petróleo ou energia nuclear, mas se estes não estiverem disponíveis, mais uma vez os negócios e as atividades normais da vida não podem continuar funcionando. Inundações e outros desastres naturais podem e facilmente danificam usinas nucleares, usinas elétricas a carvão e refinarias de petróleo.
Aviso do julgamento de Deus
O que tudo isso significa para o mundo e para o crente? Isso significa duas coisas. Primeiro de tudo, Deus está advertindo este mundo quanto a julgamentos mais severos, depois que os crentes forem chamados para o lar. O homem pode culpar alguns desses desastres pelas mudanças climáticas e seus efeitos, mas no resultado final, não há causas secundárias para com Deus. Ele está no controle e as tempestades são permitidas pela Sua mão. Ele está buscando atrair a atenção do homem e atrair almas para Cristo enquanto ainda há tempo. Nossa responsabilidade como crentes é pressionar isso nas almas perdidas e mostrar a elas que todas essas coisas são portentos do julgamento vindouro sobre este mundo.
Sabemos que depois que a Igreja é chamada ao lar, esses desastres naturais aumentarão durante a primeira metade do período da tribulação, à medida que Deus derruba o vasto sistema comercial que se desenvolveu neste mundo. No começo, apenas as pessoas mais pobres serão afetadas, mas no final todas as pessoas vão sentir isso. Finalmente, durante a grande tribulação, a mão direta de Deus será sentida em julgamentos muito mais severos que os homens reconhecerão prontamente como provenientes de um Deus de julgamento. Todo o orgulho do homem será abatido, e somente o Senhor será exaltado naquele dia.
A vinda do Senhor
Mas para o crente hoje, todas estas coisas também nos dizem: “a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8). Enquanto Ele esteve aqui na Terra, nosso Senhor Jesus pôde advertir o povo que nos próximos dias “haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares” (Mt 24:7), enquanto em outro discurso Ele pôde advertir que “haverá sinais no Sol, e na Lua, e nas estrelas, e, na Terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lc 21:25). Sabemos que o completo cumprimento de tudo isso aguarda a primeira metade do período da tribulação, que se inicia depois que a Igreja for chamada para o lar, mas já podemos ver Deus preparando o terreno para tudo isso. Somos autorizados a ver “aproximando aquele Dia” (Hb 10:25), e o dia mencionado é certamente o dia do julgamento. Sabendo que a vinda do Senhor para nós precede o julgamento, podemos ir tranquilamente em nosso caminho, sabendo que nossa “redenção está próxima”. Ao mesmo tempo, devemos ter esse senso de urgência que vem da percepção de que “o tempo é curto”. Se Cristo nos deu luz, “vede prudentemente como andais… remindo o tempo” (Ef 5:14-16). O eterno descanso em glória mais do que compensará nossos esforços aqui.
