Origem: Revista O Cristão – O Tribunal de Cristo

A Exaltação de José

As vestes usadas para exaltar José dão uma bela imagem da glória vindoura do Senhor Jesus Cristo e da noiva dada para estar associada a Ele. Os anos anteriores a esse momento foram um período de provação da fidelidade de José por meio das circunstâncias e provações na casa de seu pai, na casa de Potifar e na casa da prisão. José foi o homem acima de todos os outros na casa de seu pai, a quem o pai podia amar com confiança. Mas isso levou seus irmãos a vendê-lo como escravo, depois mergulhar em sangue a túnica de muitas cores e enviá-la de volta ao pai. Novamente, na casa de Potifar, sua fidelidade era o meio de torná-lo o supervisor de toda a casa. Mas ele foi traído pela esposa de Potifar. Sua própria pureza moral foi difamada, e as vestes que lhe foram arrancadas foram usadas como um sinal do mal, fazendo com que ele fosse enviado para a prisão. Enquanto estava na prisão, o comportamento de José ganhou o favor do carcereiro-mor, de modo que ele confiou tudo em suas mãos. Todas essas experiências foram um campo de provas para o tempo em que Deus o exaltaria por toda a terra. Sua justiça prática em circunstâncias tão adversas provou que ele estava bem preparado para esta grande posição.

Quando o mordomo se lembrou de suas falhas, José foi apresentado a Faraó como quem interpretava os sonhos. Como a Escritura havia declarado anteriormente, “o Senhor estava com José”, agora ele é capaz de enfrentar a situação. Ele foi capaz de interpretar o sonho de Faraó de tal maneira que Faraó lhe disse: “Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo”. Ele reconheceu nele as qualidades morais necessárias para que se confiasse toda a riqueza do Egito.

O Faraó “o fez vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai” (Gn 41:42-43). O linho fino é muito significativo, pois é um reflexo das boas qualidades morais que José tinha. O ouro fala da justiça divina, como o linho da justiça prática. Assim, no dia vindouro em que Cristo será exaltado, essas duas características, que o Senhor Jesus manifestou em Sua vida na Terra, são o que O colocará com poder e autoridade no lugar de exaltação em Sua segunda vinda.

A noiva vestida de linho fino 

A contemplação disso dá um significado adicional à Escritura em Apocalipse 19:6-9, onde temos a noiva de Cristo vestida de “linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos”. A noiva, com as mesmas qualidades morais que o noivo, cria um relacionamento maravilhoso. Ela é capaz de representar e glorificar adequadamente a Cristo. O linho fino, puro e resplandecente, retrata a demonstração pública de Sua aprovação em relação aos atos práticos de justiça praticados enquanto aqui na Terra. É aqui neste mundo que somos submetidos a todos os tipos de provações e testes que provam como realmente somos. Que o Senhor nos faça ser mais parecidos com Ele.

O tribunal de Cristo será, sem dúvida, o meio pelo qual a noiva estará preparada para as bodas do Cordeiro. No tribunal, todas as coisas feitas no corpo durante nossa vida aqui na Terra são apresentadas ao Senhor para revisão. Tudo o que tem Sua aprovação é recompensado. Tudo o que não tiver Sua aprovação será queimado. Para o crente, é um julgamento de obras, não de pessoas. Como será bom ter algo para adornar a ceia das bodas. Que o Senhor, que nos chamou para Si mesmo, como falou o apóstolo Paulo, “vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus, ao Qual seja glória para todo o sempre. Amém” (Hb 13:21).

D. C. Buchanan

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