Origem: Revista O Cristão – Adão e Cristo
Unidade e União
Quando Cristo vier, a natureza humana em nós participará da vitória do Segundo Homem, o Último Adão, assim como agora compartilha da fraqueza e ruína do primeiro homem. Então será o momento em que a natureza humana será promovida a uma posição elevada, isto é, será levantada de todas as consequências da queda do primeiro homem e será colocada em todo o poder e glória do Segundo Homem como Ele está agora na presença de Deus.
Jamais seremos feitos Deus; isso não poderia ser e não deveria ser. É impossível que a criatura possa ultrapassar os limites que a separam do Criador. E mais do que isso, a criatura renovada é exatamente aquela que mais abominaria tal pensamento. Não importa qual seja a benção e a glória da Igreja, ela jamais se esquece de suas obrigações como criatura diante de Deus e a reverência devida a Ele. Por essa mesma razão, aquele que conhece a Deus nunca desejaria que Ele fosse menos Deus do que é, e não podia permitir ou tolerar a loucura da exaltação própria que a miserável ilusão do budismo sustenta, juntamente com muitos tipos de filosofia que estão permeando agora no Ocidente e no Oriente – o sonho de uma absorção final na Divindade. Isso é totalmente falso e irreverente. Toda aproximação a tais pensamentos é excluída na Palavra de Deus.
No céu, a humildade daqueles a quem a graça soberana de Deus fez participantes da natureza divina será ainda mais perfeita do que agora enquanto estamos na Terra. A natureza humana sob o pecado é tão egoísta quanto orgulhosa. A humanidade caída sempre busca suas próprias coisas e glória, mas a nova natureza, cuja perfeição é vista em Cristo (isto é, a vida dada ao crente), apenas tornará perfeito, sem uma única falha ou impedimento, aquilo que agora somos em Cristo Jesus, nosso Senhor.