Origem: Revista O Cristão – Vales
O Vale de Baca
“O qual, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques” (Sl 84:6).
O vale de Baca é sombrio e selvagem,
E ainda assim, o caminho de cada filho nascido do céu;
Não aparecerá diante do trono de Deus
Alguém que este vale de tristeza não trilhou:
Nenhum que lá em vestes brancas apareça,
Cujo leito insone não foi molhado com lágrimas;
Não; todos têm conhecido o choro do vale de Baca:
Pela tribulação, cada um alcançou o trono;
Pergunte àqueles que agora acenam com sua palmeira da vitória,
Conquistadores por Ele, que morreu para o perdido salvar,
Se agora eles murmuram sobre sua sorte anterior,
Ou gostariam de ter escapado de um pesaroso momento?
Não, você ouviria cada peregrino agradecido dizer:
Aquele vale de dor era o poço mais rico de bênçãos;
Os poços de problemas, cheios de chuva celestial,
Transformaram em murta cada espinho de dor.
Então não penses que é estranho, peregrino, nem enfraqueça,
Muito menos ceda com murmurações e queixas,
Se o que você encontra em sua estrada celestial
É difícil de suportar; já que tudo é planejado por Deus,
Seu filho treinar nos santos caminhos da sabedoria,
E formar um vaso escolhido para o Seu louvor;
Agora somos lentos para entender aqueles caminhos,
Mas curvemo-nos sob Sua mão poderosa,
Certos de que Sua sabedoria sobre tudo preside,
Seu poder controla e com amor infalíveis nos guia;
Aquele que adorna os lírios com suas flores,
Dá à frágil erva sua beleza e perfume,
Observa e alimenta os cantores do ar,
Ele não cuidaria, então, muito mais de Seus filhos?
Sua Palavra e promessa não permaneceram fiéis,
Que “todas as coisas cooperam para o bem deles”?
As mãos, que agora o cajado do peregrino deve segurar
Irão então trocá-lo por uma harpa de ouro;
A armadura retirada, as vestes nupciais vestir…
Nenhuma espada, escudo ou capacete será necessário ali;
A escuridão mudou para em eterna luz,
Nenhuma dor no coração, nenhum membro cansado está lá;
Nossas almas se aquentarão sob aqueles céus sem nuvens,
E a própria mão de Deus enxugará nossos olhos fechados com lágrimas;
Mas por um dia tal felicidade divina provar
Tornaria mil outros dias de nenhum valor!
Oh, rapidamente, o lugar mais baixo que eu ocuparia
Em Seus palácios de justiça, do que palácios de ouro;
Ali escolheria ser um porteiro,
Abrindo para outros apenas, se eu apenas
Pudesse olhar para dentro, e Suas radiantes glórias ver.
Seja paciente então; com tal descanso em vista,
Bem-aventurados aqueles que perseguem os caminhos de Sião;
Cada fiel peregrino, por meio de Sua poderosa graça,
Aparecerá lá e irá vê-Lo face a face;
Ele é o Sol deles, para afugentar as sombras da noite,
E animar sua alma com calor e luz celestiais:
“Deus de toda a graça”, a marcha de cada dia Ele concederá
A graça adequada para todos que a encontram aqui abaixo;
O “Deus da glória”, quando sua jornada terminar,
Coroará com glória o que Sua graça começou;
Rico nos tesouros do amor eterno,
Sua bondade vigilante, todo o Seu povo prova;
Pelo curto dia do tempo e pela eternidade,
“Bem-aventurado, ó Senhor, o homem que em Ti confia.”