Origem: Livro: Impedimentos à Comunhão

5. Sujeição à Palavra de Deus

Na assembleia de Deus, tudo será ordenado em sujeição à Palavra. A Escritura deve ser suprema porque ela é a expressão da vontade de Deus. Portanto, nada pode ser tolerado que se oponha a Sua Palavra, ou que esteja sem a aprovação dela.

Não somos deixados ao nosso próprio julgamento e planos, mas a provisão foi feita nas epístolas para os menores detalhes da assembleia. Portanto, não é menos desobediência agir sem a autoridade da Palavra, do que agir contrariamente a ela. É extremamente importante ter isso em mente, pois se você examinar o assunto de perto, descobrirá que não há uma denominação de Cristãos que não tenha ordenado uma série de coisas como eles mesmos consideraram melhor.

Para ilustrar o que quero dizer, talvez possa mencionar uma conversa que tive no ano passado com um velho colega. Eu perguntei: “Você tem a autoridade da Escritura para isso e aquilo e aquilo outro, especificando uma variedade de coisas em seus arranjos eclesiásticos?” “Não”, ele respondeu francamente, “nós não temos, mas”, acrescentou, “eu afirmo que temos a liberdade de adotar os planos e métodos que nossa experiência mostra serem os melhores”. E, despojado de todo disfarce, esse é o fundamento comum tomado.

Afirmo que tudo ordenado na assembleia, todos os atos e procedimentos, todas as atividades dos santos – oração, louvor e ministério – devem ser regulados e ter a sanção direta da Escritura. A Cabeça dirige tudo, e essa Cabeça é Cristo; Ele registrou Sua vontade para nós na Palavra escrita. Por isso, Ele nos colocou na posição, não de imaginar e organizar, mas de obediência.

Onde quer que você encontre combinadas as características já mencionadas, você encontrará o lugar onde Deus queria ter Seus santos reunidos, porque elas são as características de Sua própria assembleia. É verdade que você pode encontrar muita fraqueza e imperfeição nos santos assim reunidos,[11] e essas duas coisas sempre caracterizaram a Igreja desde a morte de Estevão, e a caracterizarão até que o Senhor venha.
[11] Como isso nos humilha hoje, quando vemos a condição do Cristão professo, muito pior do que no século passado. Acima de tudo, como é triste ver que os descendentes daqueles que confessaram e praticaram esses princípios bíblicos, que o Sr. Dennett defende neste livreto, foram divididos por ações carnais. Alguns grupos de ‘irmãos’ até seguiram falsos mestres e se transformaram em seitas. No entanto, as falhas na história dos chamados “irmãos” não anulam os princípios divinos que os primeiros “irmãos” representavam e aos quais voltaram. As mesmas verdades ainda são válidas em nossos dias, pouco antes da vinda do Senhor.

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