Origem: Livro: Reunião de Irmãos
Ação da Assembleia e Consciência; Reunião de Irmãos; Serviço de Evangelização
Agora espero ir a Melbourne. Falam de alguma conferência por ocasião da Páscoa, e espero estar lá. Não pretendo ir além de Melbourne, a não ser que, se for para São Francisco, talvez eu vá para Sydney, de onde parte o navio; mas devo estar a caminho da Inglaterra.
Quanto ao assunto da sua carta – evangelização –, eu certamente procuraria servir nisso e promovê-la de todas as maneiras possíveis. E posso entender perfeitamente que uma assembleia, não tendo alguém com o dom de pregar, mas desejosa de alcançar almas com amor por elas, busque que a pregação seja realizada e ajude aqueles que a realizam, e – quero dizer, se a porta estiver aberta no lugar onde eles estão. Mas não considero como bíblico a expressão “nosso evangelista”. O evangelista é servo do Senhor somente, embora a empatia dos irmãos seja extremamente feliz e desejável. Isso é apenas o antigo plano denominacional, como que – “a assembleia pediu para que ele pregasse o evangelho por eles”.
A reunião de alguns que cuidam dos santos e os servem é muito desejável, mas eles não podem atuar como a assembleia, embora possam servi-la de todas as maneiras. Esta questão surgiu na Nova Zelândia. Eles haviam adquirido esse hábito; de modo que a consciência da assembleia como tal não era exercitada. Se o piedoso cuidado pelas almas for exercido por aqueles que assim se reúnem, pode ser o meio de poupar a assembleia de muitos detalhes incômodos; mas no que diz respeito à consciência da assembleia, aí o assunto deve ser apresentado à assembleia, para que a consciência da assembleia possa estar correta diante de Deus. Este hábito de alguns poucos julgarem pela assembleia (nominalmente avisando para reunir os irmãos) tornou-se bastante comum na Nova Zelândia, resultando em deixar isso para dois ou três, muitas vezes para um de mente mais ativa; mas temos o assunto diante de nós, para que a consciência da assembleia possa estar em exercício quando for chamada. No ato de exclusão, isso é sempre assim, embora a investigação e a obtenção dos verdadeiros aspectos morais do caso, irmãos piedosos e sérios possam ser muito úteis aqui também.
Não tenho dúvidas de que o caso em ______ é uma prova do dano que há em abrir a porta dessa maneira, porque a pessoa naturalmente adquire influência e tudo fica frouxo; mas “nosso evangelista” é em si uma mera posição da igreja dissidente e não reconhece os dons no corpo, cada um servindo ao Senhor em seu próprio lugar, segundo a graça dada.
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Seu afetuoso irmão em Cristo.
Wellington, Nova Zelândia,
11 de fevereiro de 1876
J. N. Darby – Letters 2