Origem: Livro: Os Patriarcas
Admiração do céu
Nós admiramos uma ruína; e alguns, ao pensarem nisso, têm suspeitado da moral de tal sentimento, e estiveram prontos a condenar o coração e os olhos que pudessem permanecer com deleite sobre o que era o testemunho de decadência e morte, e a entrada do poder do pecado. Mas atrevo-me a encorajá-los e a dizer-lhes que ainda podem admirar uma ruína, e fazê-lo sem medo ou julgamento próprio. A coisa redimida é uma vasta, preciosa e bela ruína; revelará o poder do pecado e da morte para sempre, ao mesmo tempo em que manifestará à ilimitada e gloriosa vitória do Destruidor da morte. E os pensamentos do Espírito de Deus, a mente de Cristo, bem como o próprio céu e todas as suas hostes, se deterão sobre essa ruína por uma eternidade feliz. Será o ornamento e o deleite da criação de Deus. “Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR fez isso; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques e todas as árvores em vós; porque o SENHOR remiu a Jacó”. E novamente: “haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.
Esta é a admiração do céu por uma bela ruína; e estes são os caminhos de Deus. As operações de Suas mãos eram, antigamente, Seu deleite, e os conselhos de Sua graça são agora Seu deleite, e os anjos que assistem têm sua música e suas danças na casa do Pai do pródigo.
