Origem: Livro: Os Patriarcas
A alma de Jó começa a se curvar
Tal pessoa foi Eliú. E é uma circunstância cheia de significado e de beleza moral o fato de Jó não lhe responder, como tinha feito com os outros. Eliú o convidou para falar, se quisesse. Mas ele tinha uma percepção moral, uma consciência no Espírito Santo, que testemunhava a autoridade com que este ministro do Espírito falava. Isso é muito precioso. Quantas vezes, quão comum, é assim entre os santos! Sim, e mesmo além das suas fronteiras, às vezes, sente-se autoridade semelhante. Quantas vezes a presença de um homem santo controlou os ímpios. As multidões nas aldeias de Israel, dessa maneira, às vezes reconheciam o Senhor: “a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas”. E a falta disso é dolorosa. Não ficamos muitas vezes, amados, afligidos ao ver o coração e o entendimento de outros indiferentes àquilo que chegou à nossa própria alma com toda a autoridade da verdade e no frescor da unção divina? Mas Jó não nos causa essa aflição. E ele é um homem muito querido pelos santos, como ele era pelo bendito Senhor que o estava afligindo assim. Eliú falou com ele no Espírito, e sua alma se curvou à autoridade de sua palavra. Ele não poderia tratar Eliú como havia tratado Elifaz, Bildade e Zofar. Ele pode ainda não estar humilhado, mas não pode ficar irado; ele pode ainda não fazer confissão, mas não responderá. O Espírito de Deus no ministério de Seu servo entrou em cena e Jó, no mínimo, ficará em silêncio. (O conhecimento da verdade por si só nunca assegurará um ministério feliz ou proveitoso. Se nos basearmos apenas em nossos estoques ou possessões de conhecimento, nos encontraremos confusos. O frescor do Espírito em nós, e o exercício de nosso dom sob direção d’Ele, no momento do ministério, também são necessários).
