Origem: Livro: Para Que Te Vá Bem

Amor e Conforto Mútuos

Eva foi criada como uma adjutora para Adão. Embora eu tenha mencionado que isso vai além do companheirismo, certamente o inclui. Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2:18). Como homem, este mundo teria sido um lugar solitário para Adão sem Eva. “Eis que és formosa, ó amiga minha [meu amor – JND], eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas” (Ct 1:15). A palavra hebraica usada para amor neste versículo quer dizer realmente companheira; é a forma feminina para amigo. Este é um ponto importante a ser observado; aquele com quem nos casamos deve ser nosso amigo – este, acredito, é o plano de Deus.

Lemos sobre Isaque e Rebeca: “E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe” (Gn 24:67). Rebeca era um consolo para seu marido. Por outro lado, quando chegamos à história de Elcana e Ana, vemos Elcana sendo um consolo para sua esposa que não tinha filhos: “Porém a Ana dava uma parte excelente; porquanto ele amava Ana, porém o Senhor lhe tinha cerrado a madre” (1 Sm 1:5).[2] “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4:9-12).
[2] N. do A: Elcana dificultou as coisas para si e para Ana por ter duas esposas, o que é contrário ao plano de Deus; isso era sem dúvida uma fonte do sofrimento de Ana. Penina provavelmente era a segunda esposa de Elcana; ele talvez tenha se casado com ela porque Ana era estéril.

A Escritura deixa perfeitamente claro que o casamento não deve ser algo sem amor. Lemos: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela” (Ef 5:25). Também a esposa é exortada a amar o marido – ou, mais especificamente, a ser enamorada de seu marido. “Ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem[3] seus maridos, a amarem seus filhos” (Tt 2:4). Muitos ressaltaram que o amor é uma ação, não um sentimento, e isso certamente é verdade. No entanto, nem por um momento acredito que Deus pretendeu que fosse uma ação sem emoção. Isso seria algo fora do comum. Se realmente amamos alguém, então os interesses dele serão os nossos, haverá empatia por essa pessoa, as coisas que agradam a ela também nos agradarão e será nosso desejo honrá-la.
[3] N. do A: A palavra grega usada em Tito vem de phileo e não de agapao; ela deve mostrar afeto; marido e filhos nem sempre são muito agradáveis!

Compartilhar
Rolar para cima