Origem: Livro: Os Patriarcas
Amor preeminente
Este é o mistério do Esposo divino. Todos os contos ou fábulas humanas ficam aquém disso, por mais fervorosa que seja a imaginação que os criou. Este é o mistério de um amor que excede todo entendimento entre Cristo e a Igreja. Ela deve amá-Lo pelo serviço que Ele lhe prestou; Ele deve amá-la pelo custo que ela Lhe impôs. Ela se encontrará para sempre ao lado d’Aquele que a amou tanto que morreu por ela. Ele verá ao Seu lado alguém que O envolveu tanto que Ele estava disposto a seguir com Sua afeição, mesmo que o custo de amá-la exigisse (para falar à maneira dos homens) tudo o que Ele valia. Ele não pode deixar de valorizá-la supremamente, e assim também ela a Ele. Esta é a única diferença que pode ser observada – que Seu amor foi provado antes que ela se tornasse d’Ele, pois Ele havia calculado de antemão quanto Lhe custaria amá-la – o amor dela, mais tardio e mais acanhado, e apenas em segundo lugar, começou quando ela conheceu Seu amor por ela. Pois Cristo, como o Noivo (como em tudo o mais, seja em graça ou em glória, Colossenses 1), deve ter “a preeminência”. No caráter de Seu amor, Ele supera inteiramente o amor da noiva, e deixa o amor dela, por assim dizer, sem ser amor algum, por causa do amor que excede.
Mas tendo assim olhado para o Noivo, eu veria, da mesma maneira, a Noiva por um momento ou dois. Mas devo me limitar e, portanto, apenas traçá-la-ei conforme refletida no livro do Gênesis.
