Origem: Livro: Os Patriarcas

Comunhão baseada na aceitação

Não há neste livro nenhum questionamento sobre o fato, a base ou a natureza de nossa aceitação por Deus. Tais questões e indagações são resolvidas previamente. A comunhão está no estabelecimento de todas elas, como já observei. A aceitação diante de Deus é conhecida. O que temos aqui é o deleite em Cristo, a ocupação com Ele mesmo. Não é a descoberta d’Ele, nem é a confissão dos pecados. A comunhão é a comunhão de um pecador, certamente – mas é de um pecador conscientemente perdoado, aceito e amado. E quando qualquer tristeza ou arrependimento é sentido ou reconhecido, não é por qualquer mancha ou transgressão aberta, mas por algum retrocesso espiritual, alguma frieza momentânea, alguma fraqueza em manter ou cultivar o devido fervor da alma. Isso deve ser muito observado. Nada grosseiro, ou mesmo evidente, na conduta – nada estabelecido como um hábito é detectado aqui – nada que uma alma que ainda não estivesse em comunhão simples e sincera com Jesus pudesse ficar apreensiva. É apenas uma preguiça de coração presente e temporária. O próprio arrependimento e confissão são de tal natureza que indicam o tom delicado da alma que poderia senti-los e expressá-los. O contato ou toque é tão terno que a própria percepção dele fala da delicadeza do coração que o percebeu e se ressentiu.

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