Origem: Livro: Os Patriarcas

Deleite em fé decisiva

E aí reside a mais rica e completa consolação. A fé nunca é ousada demais para agradar ao Senhor. Nos dias da Sua carne, Ele muitas vezes repreendeu as reservas e suspeitas de pequena fé, mas nunca a força e a decisão de uma fé que visava tudo e não iria sem uma bênção. Assim, o próprio estilo com que, neste belo capítulo (Gn 15), Ele responde à fé de Seu servo, nos fala do deleite com que Ele nutriu a ousadia de Seu servo. O próprio estilo da resposta fala isso aos nossos ouvidos; como posteriormente no caso do paralítico em Lucas 5; pois ali as palavras: “Homem, os teus pecados te são perdoados”, contam como o coração do mesmo Senhor, o Deus de Abraão, foi revigorado pela fé que quebrou o telhado da casa sem pedir licença, a fim de alcançá-Lo. E é o mesmo aqui. Quando uma fé excelente, ousada e inquestionável procurava um filho, o Senhor Deus levou Abraão para fora naquela mesma noite e, mostrando-lhe os céus estrelados, disse-lhe: “Assim será a tua descendência”. Quando uma fé semelhante deseja que a terra seja assegurada por algo mais do que uma palavra de promessa, o mesmo Senhor garante o concerto pela passagem de uma tocha de fogo entre as metades do sacrifício.

Esse estilo, como eu disse, é cheio de significado. Ele fala eloquentemente (posso dizer?) da mente divina. O Senhor não Se contenta em meramente prometer um filho, como uma simples palavra de boca, ou simplesmente dar alguma outra garantia a Abraão de que a terra será a herança de sua semente; mas, em cada caso, Ele realiza certas ações e as conduz com solenidades tão augustas e impressionantes, que nos permite saber instintivamente o deleite com que Ele ouviu essas exigências da fé.

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