Origem: Livro: Os Patriarcas
Deus é suficiente
Devemos (e deveríamos se tivéssemos nosso coração em Cristo) valorizar principalmente a época ou dispensação de Sua empatia; ela nos dá Ele mesmo a nós de uma maneira tão peculiar. E essa empatia era eminentemente a de José, neste dia de sua aflição. Como dissemos, “o Senhor estava com José” era característico de sua condição. E ele tinha evidências abundantes disso. Assim que ele entrou na casa de Potifar, tudo que estava sob suas mãos, confiado a ele por seu senhor, prospera. E a mudança de cenário não provoca nenhuma mudança nisso; pois assim que ele é colocado na prisão, vemos ao seu redor o mesmo registro que lemos sobre ele e as mesmas circunstâncias. O carcereiro-mor deposita nele a mesma confiança que Potifar, seu senhor, depositara nele; e sob a sua mão todas as coisas prosperam na prisão, como aconteceram na casa do egípcio. A tal ponto que José tinha pleno testemunho de Deus, de que Deus era suficiente para ele.
Não era para alguém assim deixar a ajuda do Senhor pela ajuda da criatura. Mas José anseia pela lembrança e pela empatia do copeiro, e gostaria que ele falasse bem dele ao rei, seu senhor.
Isso era natural. José fez amizade com o copeiro do rei, e esse era capaz de falar bem dele. Seu anseio por empatia não deve ser condenado por nenhum motivo natural, humano ou mesmo moral. Mas pode-se questionar se foi digno de José fazer isso, se foi exatamente o caminho que a fé teria sugerido.
E não dá em nada. O copeiro, como sabemos, esquece-o e ele fica dois longos anos na prisão, e Deus ainda será tudo para ele. A ajuda virá, mas virá d’Ele mesmo. Com o Senhor, a aflição da noite certamente dará lugar à alegria da manhã; e antes que este período de separação de seus irmãos chegue ao fim, José é libertado, abençoado e honrado. Torna-se o momento do florescimento de suas glórias.
