Origem: Livro: O Divino Terreno de Reunião

Deus Se Provendo do Cordeiro

Então descobrimos que uma pergunta é feita: “Onde está o cordeiro para um holocausto?”. E a preciosa resposta que tantos de nós têm desfrutado tantas vezes foi: “Deus proverá para Si o Cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos”. Acredito que é particularmente admirável notar como, repetidas vezes aqui, é feita referência ao “holocausto”. Essa oferta fala particularmente da fragrância do sacrifício a Deus. Fala de como o sacrifício foi oferecido inteiramente a Deus – consumido inteiramente sobre o altar. Aqui diz que “Deus proverá para Si”. Creio, irmãos, que às vezes lemos esse versículo como se, talvez, dissesse que Deus, Ele mesmo proverá; mas acredito que a ênfase que o Espírito de Deus está trazendo diante de nós é que Deus provê para Si mesmo o Cordeiro para o holocausto. O holocausto é para Deus, e Deus provê o Sacrifício que é para Si mesmo.

“Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos. E vieram ao lugar que Deus lhes dissera, e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque, seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha”. Chegou a hora de o filho ser oferecido em sacrifício. Esse tempo chegou há quase dois mil anos, quando o próprio Filho de Deus, juntamente com Seu Pai, foi ao Calvário. Eles chegaram àquele momento em que o próprio Senhor Jesus pôde dizer: “Agora, é glorificado o Filho do Homem”. A hora tinha chegado!

Mas no relato que nos é dado aqui, há um substituto provido para Isaque. Isso é particularmente maravilhoso em conexão com uma figura diferente que veremos em alguns minutos, mas descobrimos que há um substituto provido para Isaque, e o substituto é um carneiro. O carneiro na Palavra de Deus é particularmente usado em conexão com consagração. É uma figura de devoção. Quando lemos o versículo 13: “Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho”.

Abraão ergueu os olhos e viu um substituto! Que intervenção maravilhosa de Deus para Abraão, mas não havia ninguém para tomar o lugar do Filho de Deus. Ele não é apenas retratado para nós em Isaque, quanto ao relacionamento afetivo entre o pai e o filho, mas o Filho de Deus é retratado para nós no carneiro que estava preso num mato por seus chifres. Ele era o carneiro da consagração. Ele foi Aquele que ficou pendurado na cruz do Calvário pela própria dedicação de Sua consagração à vontade e propósito de Deus. O carneiro foi preso num mato pelos chifres, pelo próprio símbolo de seu poder, e assim foi com o Senhor Jesus na cruz do Calvário. Foi a própria devoção de Seu amor, a própria força de Seu amor que O manteve lá.

Mas também havia o mato”travado pelos seus chifres, num mato” (ACF). Não preciso procurar mais além do que o meu próprio coração para encontrar o significado daquele mato – meus pecados, em todo o seu horror sobre o bendito Salvador no Calvário. Ele foi mantido lá pela própria força de Seu amor. Mas seus pecados e os meus estavam sobre Ele nas três horas de trevas no Calvário, se pertencemos a Cristo.

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