Origem: Livro: Os Patriarcas

O dia do homem termina em julgamento

Que mistérios são esses! Que realidades solenes, nos conselhos de Deus, são aqui encenadas para nosso aprendizado! Sabemos para o que estamos vendo em tudo isso? Não vemos os grandes propósitos de Deus, como num espelho, nesta ação variada e cheia de acontecimentos? Temos que perguntar: Onde está esse terreno místico no qual estamos aqui em pé? Certamente, amado, deveríamos saber disso. Nesta ação, o mundo, tal como Sodoma, está em figura encontrando o seu destino; o remanescente justo, como em Ló, é livrado daquela hora de ira; e a Igreja, como em Abraão, já separada e elevada, olha ao longe para o cenário da poderosa desolação. Certamente estes mistérios estão diante de nós nesta ação em Sodoma. “Conhecidas por Deus são todas as Suas obras desde o princípio do mundo [desde a eternidade – JND] (At 15:18 – KJV). O mundo, a Igreja e o reino estão aqui em mistérios ou figuras; aquilo que deve ser julgado; aquilo que será separado para a glória celestial; aquilo que deve ser entregue e, portanto, reservado novamente para a Terra após a purificação. Enoque, Noé e a criação submergida estão novamente aqui em Abraão e Ló e nas cidades condenadas da planície.

Estes são mistérios dos quais o Livro de Deus está repleto. E desta forma é-nos novamente testemunhado o que somos e onde estamos, embora peregrinando aparentemente na trilha comum da vida humana cotidiana, com uma geração, no espírito de sua mente, ainda, como sempre, dizendo: “Onde está a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”.

Muitas coisas incidentais podem ocorrer à mente nesta, como em outras seções desta maravilhosa história; como a visita do Filho de Deus a Abraão; a intercessão de Abraão por Sodoma; a reserva dos anjos para com Ló; e os caracteres contrastantes dos dois santos – o santo da tenda e o santo em Sodoma. Mas meu propósito, neste livro, não abrange tais detalhes. Mas eu perguntaria, ao encerrar esta ação nos capítulos 18-19. Será que estamos, amados, apreensivos com o momento no qual vivemos? Estará o “dia do homem” iluminando seu meridiano diante de nós, ascendendo ao seu esplendor do meio-dia? E o que pensamos disso? Estaremos nos unindo às felicitações do homem com o seu semelhante, que assim seja? Ou todo esse brilho é suspeito e desafiado por nós, como o precursor seguro do julgamento de Deus? Sabemos que o deus deste mundo encontra uma casa “varrida e adornada” como um cenário tão completo para sua energia maligna e destrutiva quanto Sodoma? Julgamos, com a nossa geração, que isso não pode acontecer? Ou temos em mente que é numa casa como essa que ele trabalhará no encerramento da história da Cristandade? E estamos esperando que o Filho de Deus nos leve até aquela mística elevação para onde antigamente Ele levou Seu Abraão? Que o Senhor nos dê graça para ocupar tal terreno! E faremos isso com mais facilidade e naturalidade se, como Abraão, formos santos da tenda e não da cidade – santos tais (novamente como Abraão) que se regozijam, “quando tinha aquecido o dia [no maior calor do dia – ARA], em manter comunhão com o Senhor da glória.

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