Origem: Livro: Cristo para Meus Pecados, Cristo para Meus Cuidados

Evangelho de João, Capítulo 4

É algo maravilhoso pensar em quão real era a intimidade com que o Senhor conduzia o Seu relacionamento com as pessoas neste mundo – Seus modos, e Suas maneiras para com elas – se considerarmos Quem é Ele. Isto verdadeiramente altera todos os nossos pensamentos acerca de Deus.

Ele visitou os homens antes do dia do juízo, e nós O encontramos dando, e não julgando – tratando com os homens de um modo bem diferente do esperado. Ele, que será o Juiz, teve que vir de antemão para ser o Salvador; veio em graça, procurando adoradores; veio para visitar os corações dos homens – corações desobedientes esses – no próprio lugar onde os homens estavam. Veio, não para julgar, absolutamente, mas para tratar de nossas almas acerca dos mesmos pecados pelos quais Ele teria que nos ter julgado. Se O vejo dessa forma, descubro que Ele já cuidou de meus pecados de uma maneira totalmente diferente; uma maneira que certamente confirma o julgamento – coloca, com a maior ênfase, o selo do testemunho de Deus sobre tal julgamento – e ao mesmo tempo faz-me saber e reconhecer que a questão toda já foi decidida de um modo totalmente oposto àquele que era de se esperar. Ao invés de vir cobrar a dívida, Ele veio para pagá-la. Isto prova, de uma forma ou de outra, que a dívida existia, mas a maneira de tratar com ela é algo completamente diferente.

Assim, Ele vem e trata com pecadores de um modo totalmente oposto à cobrança da dívida, e o faz de maneira eficaz. É isto o evangelho. “E vimos, e testificamos que o Pai enviou Seu Filho para Salvador do mundo” (1 Jo 4:14). É de um Salvador que temos de falar, e eu não poderia estar aqui falando assim se Ele não fosse um Salvador que executou uma salvação eficaz. Então vem o exercício do coração e a descoberta, por Sua Palavra, daquilo que nós somos, a fim de operar em nós o arrependimento; e a mesma Palavra nos diz que estamos salvos. “A tua fé te salvou: vai-te em paz” (Lc 7:50). Foi totalmente às custas de Si mesmo que Ele pôde dizer aquilo; e não voltou atrás no que disse à mulher e nem a enganou. E será que nós podemos ir em paz? Se Ele já disse: “Vai-te em paz”, podemos sair daqui em perfeita paz com a consciência de que vamos apoiados na garantia do próprio Senhor, não tendo nada a temer quanto às consequências do pecado.

Portanto Ele envia a Sua Palavra aos filhos de Israel, “anunciando a paz por Jesus Cristo” (At 10:36), e que “em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24:47).

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