Origem: Livro: Breves Meditações

Êxodo 12-13

No início de Êxodo 12, encontramos o início do ano alterado. Não é dito por que deveria ser assim, mas simplesmente: “este vos será o primeiro dos meses do ano”. Isso foi uma indicação ao povo de Israel de que eles deveriam entrar em alguma nova conexão com Deus, assumir algum novo caráter diante d’Ele, ou ser reconhecidos em algum novo relacionamento; e que isso era necessário. “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses”. E isso lhes foi dito enquanto ainda estavam no Egito, o lugar da morte e do julgamento, o lugar da natureza ou da carne.

A indicação dada logo no início foi explicada muito rapidamente: “Deus é o seu próprio intérprete” – pois no momento seguinte a congregação é apresentada ao Cordeiro de Deus, cujo sangue deveria protegê-los da espada do anjo; isto é, ser sua plena defesa e resposta ao trono do julgamento, onde a justiça se assenta.

Isto é simples, claro e bendito. Isso é imediatamente ensinado a Israel: que o novo caráter no qual eles agora deveriam andar com Deus era o de um povo comprado por sangue, uma geração redimida e resgatada. Esta era a forma que a nova vida, o novo ano, em que agora entravam, deveria assumir. Esta era a sua nova criação, o seu segundo nascimento. Eles agora eram criaturas novas, sendo pecadores reconciliados.

Esta verdade assume uma forma do Novo Testamento em 2 Coríntios 5:16-19. A nova criatura é aquele pecador que anda com Deus na fé e na consciência de reconciliação. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura [criação – TB] é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo”. Este é o homem iniciando o ano novo, entrando em uma nova vida, sendo uma nova criatura, como um pecador reconciliado pelo sangue pascal de Jesus. Assim também em 1 Pedro 1:23. Ele é declarado ter nascido de novo pela Palavra que o evangelho lhe pregou; e esse evangelho é a mensagem da redenção pelo sangue do Cordeiro. Por meio disso, ele se torna como que primícias das criaturas de Deus (Tiago 1).

A indicação inicial de uma nova condição de criatura que tivemos aqui no capítulo 12 de Êxodo é logo interpretada – e a interpretação é confirmada por uma ou outra Escritura no Novo Testamento. Mas há muito mais do que isso nas analogias entre esses capítulos e as Escrituras do Novo Testamento[6].
[6] A estrutura de João 3 é semelhante à deste Êxodo 12. Pois ali o Senhor começa falando da necessidade de nascer de novo, ou de ser uma nova criatura, mas só depois interpreta como isso deve ser (veja o versículo 14 e 15).

No final do capítulo 12, encontramos Israel, agora redimido, agindo sobre os outros. Eles são ensinados a como tratar os “estrangeiros”. Deveriam dizer-lhes que eram tão bem-vindos para entrar nas regiões da nova criação assim como eles próprios eram – para que pudessem comer da Páscoa com eles ou celebrar a redenção com eles; apenas deveriam ser circuncidados assim como eles haviam sido. Deveriam renunciar a si mesmos na carne, ou à condição da velha criação, e então poderiam entrar no novo ano com eles, a nova vida, a nova criação de Deus em Cristo Jesus. Não deve haver confiança na carne, mas se gloriar em Cristo Jesus – esta é a circuncisão (Filipenses 3:3).

Os Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento, são o testemunho principal e formal e o depositário deste ministério evangélico dos redimidos. Em Êxodo, os santos são vistos dirigindo-se a “estrangeiros”, e fazendo-o no estilo simples dessa Escritura – Êx 12:43-49. De modo que ainda respiramos a atmosfera do Novo Testamento quando lemos estes versículos. Estamos em companhia do Espírito que posteriormente inspira o Livro de Atos. Na reconciliação do sangue pascal, o sangue do Cordeiro de Deus, dizemos a todos ao nosso redor que o reino é deles por terem nascido de novo, por sua fé n’Aquele que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. “Somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse”, ainda dizemos aos “estrangeiros”: “Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus” (veja o capítulo já citado, 2 Coríntios 5:20-21 – AIBB).

Quão doce, quão convincente, quão precioso é isso, encontrar-nos assim na mente e com os princípios do Novo Testamento, enquanto lemos esses Oráculos muito antigos do Velho Testamento! – Mas há mais disto.

O santo deve cuidar de si mesmo, bem como dirigir-se aos “estrangeiros”. E cuidar de si mesmo, ordenar seus caminhos, nutrir sua alma nas peculiaridades do chamado de Deus e segundo a mente do Espírito. Isso encontramos a seguir no capítulo 13; e isso também encontramos, formal e caracteristicamente, nas epístolas do Novo Testamento.

No capítulo 13, vemos o israelita de Deus, agora redimido pelo sangue e, portanto, colocado na presença e comunhão de Deus, comportando-se de acordo com seu lugar e chamado. Ele encontra suas fontes em Deus, seus motivos, aprovações e virtudes eficazes e secretas estão naquilo que Deus fez por ele. Ele se purifica – celebrando a festa dos pães asmos; ele se devota e se dedica – entregando seu primogênito e o primeiro de suas crias ao Senhor; e se lhe perguntarem por que toda essa purificação de si mesmo, por que toda essa devoção, ele simplesmente alega o que o Senhor tem feito por ele, quando estava no Egito, como escravo ali, no lugar da morte e do juízo. Isso é tudo o que ele tem a dizer, embora seja desafiado repetidamente. Suas fontes de vida moral são conhecidas por brotarem da salvação de Deus.

Isto é verdadeiramente bendito. Isto diz ao Deus vivo: “todas as minhas fontes estão em Ti”. E esta é a linguagem da nova criatura em Cristo Jesus, como vimos nas epístolas do Novo Testamento. De modo que, neste capítulo 13, ainda estamos, como eu disse, na atmosfera do Novo Testamento. Pois ali estão as misericórdias que recebemos, as promessas que nos foram feitas, a graça que trouxe a salvação, o fato de termos sido comprados por preço, o grande mistério evangélico de que somos lavados de nossos pecados, um povo aspergido, redimido e santificado, que são reconhecidos como as fontes do comportamento moral e da devoção pessoal – naturalmente, por terem sua eficácia em nós pela presença e poder do Espírito Santo (veja Romanos 12; 2 Coríntios 7; Tito; 2; 1 Coríntios 6; Romanos 6).

E outra lembrança do caráter que encontramos no Novo Testamento está nos versículos 3 e 4 deste mesmo capítulo. Lá, Israel é instruído a “lembrar-se” do dia de sua libertação. Isso certamente está, como eu disse, no caráter ou espírito do Novo Testamento. Tanto assim, que a ordenança permanente no meio dos santos nesta era evangélica é uma festa de lembrança (1 Co 11:23-26). E outras Escrituras do mesmo Novo Testamento nos ensinam que essa lembrança deve ser a própria ocupação da eternidade, ou da vida dos redimidos na glória (Ap 1:5; 5:9).

Todos nós estamos em lugares mais ricos do que imaginamos e temos um interesse em Cristo muito mais rico do que estamos dispostos a admitir. Muitas almas vivificadas mal ousam se firmar na justificação de si mesmas; e, no entanto, leem sobre “justificação de vida” (Rm 5:18). “A glória de Deus” em sua própria história como pecadores que receberam Jesus ainda precisa ser aprendida em alguns de seus resplendores mais além.

Isso me faz lembrar da coluna de nuvem que acompanhava o arraial de Israel – e estou muito atraído por esse objeto para não me desviar e contemplá-lo por um breve momento.

Israel no Egito tinha um testemunho maravilhoso do que Deus era para eles. Praga após praga, da qual haviam sido preservados, varreu aquela terra; e na noite do Anjo destruidor, o sangue na verga da porta os abrigou. A coluna de nuvem também começara a guiá-los na saída da terra. Mesmo assim, depois de tudo isso, quando chegaram a ficar entre o exército do Egito e o Mar Vermelho, tudo isso era como algo esquecido. Eles temeram e murmuraram.

Como somos lentos para aprender, como somos lentos de coração para crer nos segredos da graça e da fidelidade de Deus! Quer Israel esteja à beira do deserto, diante da coluna de nuvem, ou, como eu poderia dizer, quer os discípulos estejam diante do túmulo de Lázaro, na presença de Jesus (Êx 14, João 11), nós vemos isso.

Mas Ele prova repetidamente que não é n’Ele que estamos estreitados.

Aquela coluna mística, como posso chamá-la, acompanhou o arraial por todo o caminho, desde o coração da terra do Egito até as fronteiras da terra de Canaã; isto é, desde o momento em que foi necessário até que não fosse mais necessário.

Isso nos permite saber, da mesma forma, que ela possuía muitas e variadas virtudes, todas elas adequadas às crescentes e mutáveis exigências do povo. Ela não percorreu esse caminho senão por causa de Israel. Estava ali porque Israel estava ali. Ela era, portanto, o que Israel precisava que fosse. Foi a condição do arraial, seja qual for, que revelou suas secretas glórias e virtudes. Esse era o seu caráter. Assim lemos sua história.

Assim que Israel foi redimido pelo sangue na verga da porta e iniciou sua jornada, esta coluna os encontrou e se pôs diante deles para ser seu guia. Eles estavam prestes a entrar em um deserto sem trilhas. Nenhum homem morava onde Israel logo viajaria. Não havia marcos, nem placas de sinalização ali. Sua aridez exigiria pão do céu, sua seca exigiria água da rocha, mas sua ausência de trilhas certamente faria necessário um Líder – e Aquele que lhes abriria os depósitos dos anjos e os rios nas rochas, ergueria para eles uma coluna que seria nuvem durante o dia e fogo à noite, para que pudessem continuar seu caminho, seja de noite ou de dia. E assim seriam independentes de estradas e placas de sinalização no deserto sem trilhas, assim como seriam independentes de campos de trigo e de vinhas no deserto árido.

Mas a coluna era muito mais do que isso para Israel. Não era apenas nuvem e fogo alternadamente, como dia e noite se sucediam, era também luz e trevas ao mesmo tempo, quando Israel precisava de tal coisa.

O exército do Egito havia saído e estava pressionando os calcanhares dos filhos de Israel; e então a coluna se colocou entre os dois exércitos; e em vez de ser iluminada e luminosa por toda parte, tornou-se em trevas do lado voltado para os egípcios e luz do lado voltado para os israelitas, de modo que um não podia se aproximar do outro. Era um escudo agora, como havia sido um condutor antes. Era exatamente o que o povo precisava. Este é o relato devido a ser dado a ela. Esse era o seu modo de agir. Expressava a graça d’Aquele que agora havia salvado Israel. É, alternadamente, nuvem e fogo, conforme o arraial precisar; luz e trevas ao mesmo tempo, se precisarem disso.

E muito mais ainda. Há Alguém que fez daquela nuvem Sua morada, cujo olhar provará a derrota de todos aqueles que tramam o mal contra o arraial. A flor do Egito murcha sob ela; os cavalos e carros do Faraó afundam no Mar Vermelho diante dela. “o SENHOR, na coluna de fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios, e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente” (ARC).

Que glórias preenchem aquele lugar maravilhoso – que energias e virtudes para o uso de Israel! E como estas se revelam quando Israel precisa delas!

E mais ainda. Pode expressar repreensão e ressentimento quando isso se torna disciplina salutar para Israel. Nos dias de suas murmurações repetidas, a glória na nuvem os faz saber que seu repouso havia sido perturbado. Ela lhes aparece no dia do maná, dos espiões e da rebelião de Corá; e eles a veem na consciência da ira divina e justa. É como o ressentimento do Espírito entristecido, do qual o santo de Deus agora está consciente. E tudo isso mostra que a nuvem não era simplesmente a companheira, mas a companheira interessada do arraial. Ela sentia com eles, bem como por eles, em sua condição.

Mas, novamente, descobrimos que, se assim repreendia e se ressentia quando a disciplina era exigida, estava pronta com toda a prontidão para acolher e responder às aproximações da fé. Quando o tabernáculo foi erguido pelo povo disposto e obediente, e neles a fé aceitou as comunicações que o Senhor lhes fizera por meio de Moisés a respeito da ordem, mobília e serviços de Sua casa, como a glória imediatamente e com evidente deleite encheu aquela casa, e a nuvem repousou sobre ela (Êx. 40)! Com que inteireza de coração e alma o Senhor reconheceu o lugar onde a fé havia encontrado as ricas provisões de Sua graça!

Oh, quanta glória e virtude se veem nesta mística companheira do arraial de Israel! Ela tem a luz para guiá-lo, terror para seus inimigos, um escudo tão impenetrável quanto as próprias trevas espessas como sua segurança; tem repreensões para sua teimosia e os mais ricos e prontos encorajamentos e consolações para sua fé; e, além disso, ela é incansável até o fim, e servirá a Israel até que não precisem mais dela.

Vemos isso em Deuteronômio 31. Ali, a coluna paciente, graciosa e fiel, como posso chamá-la, é vista novamente, justamente quando a jornada pelo deserto está se encerrando.

O arraial havia trazido sobre si mesmo uma peregrinação de quarenta anos, quando eles poderiam ter viajado apenas alguns meses. Eles são enviados de volta de Cades-Barneia para o Mar Vermelho, por causa de seu pecado e provocação, mas a coluna certamente voltará com eles. Ela contornará uma montanha devastada após a outra, e tomará o caminho de um deserto a outro, se Israel houvesse se submetido a essas peregrinações pelo deserto. E ela é incansável. Vemos isso no final, como dissemos, em Deuteronômio 31, como a vimos no início, em Êxodo 13.

E agora, a aplicação de tudo isso se apresenta por si mesma com facilidade.

Como lemos na bendita história dos evangelistas, os discípulos viam os feitos do Senhor dia após dia; e, no entanto, apesar de tudo isso, estavam sempre sem saber o que fazer, quando novas dificuldades surgiam. A fome da multidão na praia era demais para eles; os ventos e as ondas do lago eram demais para eles. O Senhor teve que revelar repetidas vezes, como a coluna do deserto, as virtudes secretas que estavam n’Ele para a repreensão e iluminação deles. Suas glórias em graça e poder, Sua soberania sobre as forças da natureza e Seus recursos diante da esterilidade da natureza, tudo foi revelado de acordo com a necessidade do momento.

E, como a coluna, Ele era incansável. Ele acompanhou os discípulos do início ao fim. E foi certamente paciente, sofrido, infatigável. Ele os acolheu como pescadores ignorantes nas margens do mar da Galileia, e Ele nunca os abandonou, embora no final os tenha encontrado praticamente os mesmos pescadores ainda ignorantes. “Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe?”, Ele teve que dizer, justamente no final de Sua jornada com eles. Mas então, uma nova revelação de Si mesmo é feita em resposta a isso; outro raio de Sua glória brilha, e Ele acrescenta: “quem Me vê a Mim vê o Pai”.

E assim acontece novamente, da mesma maneira, na eminente ocasião do capítulo 11 de João. O Senhor permite que a doença de Lázaro termine em morte. Ele permanece onde estava até poder dizer: “Lázaro dorme” – pois então Ele poderia Se manifestar nesta forma de glória divina: “vou despertá-lo do sono”. Era no túmulo, e não meramente no leito de enfermo, que Ele deveria ser manifestado ou glorificado. Era no lugar do fruto pleno e do triunfo aparente e temporário do pecado, que “a glória de Deus” deveria ser vista. Nenhum lugar menor poderia dar ocasião à manifestação dessa glória em sua forma mais brilhante. E ali, também, os discípulos aprenderiam as provisões inesgotáveis que Ele carregava em Si para suprir todas as necessidades deles e consumar todas as suas bênçãos.

Muito da glória divina, na Pessoa e nas obras de Cristo, já havia sido revelada à família de Betânia e aos discípulos que agora se reuniam junto ao túmulo de Lázaro. André e Filipe, muito antes disso, haviam deixado a presença do Cordeiro de Deus, satisfeitos e felizes (João 1). Pedro O reconhecera como Aquele que tinha palavras de vida eterna (João 6). João e Tiago, assim como Pedro, presenciaram a Transfiguração (Mateus 17). A querida família de Betânia O havia acolhido e recebido, servido com o que tinham de melhor e ouvido Suas palavras com corações arrebatados (Lucas 10). Estas estão entre as muitas testemunhas que já haviam dado, em seus vários testemunhos, o que Ele era e Quem Ele era, na presença daquele povo que agora estava ao redor do túmulo de Lázaro. E, no entanto, todos eles estavam revelando sua ignorância quanto à plena glória que Lhe pertencia e das energias divinas que n’Ele se originavam e estavam prontas para se exercitarem de acordo com a Sua boa vontade. Nenhum deles sabia ainda que Ele poderia dizer de Si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Todos falavam da morte. Havia virtude no “último dia”, eles podiam reconhecer (v. 24); mas nenhum deles estava no segredo da “primeira ressurreição”. Eles O conheceram como o Cristo e foram a Ele como pecadores, vendo Sua glória (como me permito expressar isso) junto ao túmulo da alma deles, mas ainda não contavam em vê-la junto ao túmulo do corpo deles quando fosse do Seu agrado que assim acontecesse.

Havia um tesouro adicional n’Ele, e n’Ele para eles, que até então não haviam apreendido. A coluna de nuvem onde a glória habitava continha virtudes para o uso de Israel, com as quais este Israel do Novo Testamento, como seus irmãos de outrora, não contava. Pois todos nós estamos em lugares mais ricos do que imaginamos. E o Mestre paciente e gracioso ainda continua conosco até as margens do Jordão. Pedro havia descoberto sua condição mortal, sem o Filho do Deus vivo, e, portanto, disse a Ele: “Para Quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” – mas Pedro ainda precisa aprender que o sepulcro no jardim está vazio (João 20), e que o sepulcro em Betânia também estará. Pois ele estará na companhia de seu divino Mestre até o fim, embora ainda conheça tão imperfeitamente as glórias e virtudes que jazem ocultas naquela coluna deste mundo deserto e arruinado.

Compartilhar
Rolar para cima