Origem: Livro: Os Patriarcas

A graça traz santidade

Estas poucas palavras que abrem Gênesis 35 prevalecem sobre Jacó. “Levanta-te, sobe a Betel”. Betel foi reescrita em seu coração e consciência como se fosse pelo dedo de Deus. Ele cai sobre o seu rosto diante dela, como Abraão, em Gênesis 17, caiu sobre seu rosto diante do nome do “Deus Todo-Poderoso”, ou como Pedro, muito depois, em Lucas 22, caiu diante do olhar de Jesus.

O poder é sempre sua própria testemunha, assim como a luz. Estas palavras, carregando consigo o poder de Deus, são agora tudo para a alma do nosso patriarca. Elas manifestam sua virtude imediatamente, assim como fez o toque da mulher na multidão. Assim que Jacó as ouviu, sem alguma ordem mais específica para fazê-lo, ele purifica sua casa e suas tendas de todas as abominações que eles trouxeram consigo de Padã. Em espírito ele já estava em Betel, o lugar onde Deus o encontrou nas riquezas da Sua graça, no dia da sua degradação e miséria. Betel havia sido reintroduzida em seu coração – sim, manifestada em sua alma com maior nitidez do que nunca. Ele agora leu a história da graça com mais clareza do que nunca; e a graça demanda santidade. A festa dos pães asmos aguarda pela Páscoa. A graça de Deus que traz a salvação nos ensina a negar a impiedade e as concupiscências mundanas. Pois a graça, repito, demanda santidade. E assim, Jacó, agora ouvindo Betel no poder do Espírito, sem mais ordenanças, exigências ou ordens, terá sua casa e sua família limpas.

Isso é cheio de beleza e significado. A poluição não pode ser permitida por alguém que está na percepção e gozo da graça abundante. Deuses e brincos, ídolos e vaidades, são enterrados juntos sob um carvalho em Siquém, e Siquém é deixada para trás. O patriarca se levanta com tudo o que era seu e rapidamente segue para Betel. Ele havia celebrado a festa dos pães asmos juntamente com a Páscoa, como Israel fez depois no Egito; mas, como Israel também, ele está imediatamente, com cajado na mão e sapato nos pés, deixando o seu Egito para trás. E o Senhor o acompanha, como faria com Israel no dia de seu futuro êxodo; e o acompanha em força também; pois, assim como a vara de Moisés abriu o caminho de Israel diante dos inimigos, e Aquele que estava na nuvem olhou e alvoroçou o exército de Faraó, assim agora, lemos sobre Jacó e sua família, “Então partiram; veio o terror de Deus sobre as cidades que lhes eram circunvizinhas, e não perseguiram os filhos de Jacó” (TB).

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