Origem: Livro: Os Patriarcas
Homem aproximado de Deus
Desde o início de Seus caminhos, e ao longo deles, o Senhor Deus tem evidenciado Seu propósito de trazer Sua criatura – o homem – para muito perto de Si. A expressão disso tem sido diferente, mas ainda constante.
Nos dias patriarcais a intimidade era pessoal. Ele andou no meio da família humana, aparecendo pessoalmente aos Seus eleitos; não tanto empregando profetas ou anjos, mas tendo a ver com a própria ação.
Nos tempos de Israel, Ele não estava “na forma humana” como também não estava antes. Ele estava numa vestimenta mística. Mas ainda assim Ele estava perto deles. O Senhor na sarça ardente, a glória na nuvem, o Capitão armado em Jericó, falam desta proximidade. O Deus de Israel visto no trono de safira, a glória enchendo os átrios do templo, ou assentado entre os querubins, diz a mesma coisa. E as promessas: “Porei o Meu tabernáculo no meio de vós”, e “andarei no meio de vós”, e “os Meus olhos e o Meu coração estarão ali todos os dias”, testemunham igualmente esta comunhão desejada e intencional.
Então, no decorrer dos tempos, a assunção da Humanidade é um testemunho, posso dizer, que fala por si mesmo; e os caminhos de Deus manifestados em carne concordam com isso. Jesus veio “comendo e bebendo”. E continua o mesmo, depois que Ele Se tornou o Homem ressuscitado. Ele não tinha então, é verdade, uma moradia e refeição com Seus discípulos, como antes. Ele então, como antes, não entrava e saía entre eles. Eles não deveriam conhecê-Lo “segundo a carne”, como nos dias anteriores. Mas ainda havia completa intimidade. Havia muitas notas de autoridade consciente sobre Ele, isso é muito verdadeiro. Ele fala de todo o poder no céu e na Terra ser Seu. Ele abre o entendimento deles. Ele pronuncia a paz sobre eles em bases novas e de autoridade, Ele comunica o Espírito Santo, como o Cabeça da nova criação. Ele abençoou, como Sacerdote do templo, o único Sacerdote. Tudo isso Ele faz, como ressuscitado dentre os mortos, com poder consciente; mas, com tudo isso, Ele mantém a intimidade, intimidade amorosa e pessoal, tão próxima e querida como sempre, se não mais. Ele come e bebe com eles, como fez antes. Ele os chama de “irmãos”, como não havia feito antes de Sua ressurreição. Ele fala de ter um Deus e Pai com eles, como não tinha feito até então. Embora com toda autoridade Ele os envie para trabalhar, Ele ainda trabalha com eles – Marcos 16; Lucas 24; João 20. E embora Ele estivesse naquela época fazendo-lhes apenas uma visita ocasional, uma visita de vez em quando, como quisesse, durante quarenta dias (Atos 1:3), ainda assim Ele indica, por uma pequena ação, que, e em breve, toda essa distância e separação terminarão, e eles deviam “segui-Lo” até Seu lugar, ressuscitados e glorificados com Ele mesmo (João 21:19-23).
