Origem: Livro: A Lacuna em Gênesis 1

Interpretação Dispensacional

A outra maneira pela qual a passagem pode ser interpretada simbolicamente é a dispensacional – na verdade, “os tempos dos séculos” (2 Tm 1:9; Tt 1:2). Novamente, a mesma ordem de geração, degeneração e regeneração ocorre. O capítulo apresenta um esboço dos caminhos de Deus para com os homens ao longo do tempo. É apropriado que tenha sido dado no início da Palavra de Deus (At 15:18).

A criação original em sua beleza primitiva, antes da destruição da Terra, representa a era da inocência (antes da queda – Gênesis 3), quando o homem foi colocado sobre a Terra em um estado sem pecado.

  • O primeiro dia corresponde à era depois que o homem pecou, quando ele e sua posteridade adquiriram a luz da consciência.
  • O segundo dia corresponde à idade após o dilúvio, quando os homens foram colocados sob o autogoverno, mas com muita instabilidade.
  • O terceiro dia, que foi quando a terra surgiu das águas, representa o surgimento de Israel (a terra) entre as nações gentias (os mares), no chamado de Abraão e sua família.
  • No quarto dia os luminares nos céus (o Sol e a Lua) foram colocados em seus lugares. Isso tipifica a Igreja (a Lua) sendo chamada à existência em relação a Cristo (o Sol) como Seu corpo – uma companhia celestial de crentes.
  • No quinto dia houve uma perturbação nas águas, mas de lá surgiu bênção. Isso fala dos tempos conturbados da Grande Tribulação, pelos quais Israel e as nações gentias passarão (Jr 30:7; Mc 13:8) antes que a bênção seja alcançada.
  • O sexto dia representa o dia milenar quando Cristo e a Igreja (o antítipo de Adão e Eva) terão domínio sobre o universo.
  • O sétimo dia nos fala do descanso eterno de Deus.[3]

[3] N. do A.: Veja “Genesis in the Light of the New Testament” por F. W. Grant, para uma mais completa explicação do ensino simbólico da passagem.

Nosso objetivo em delinear os dois temas do ensino simbólico do capítulo (moral e dispensacional) é mostrar que ambas as aplicações seguem o padrão de geração, degeneração e regeneração. E, se esse padrão não estiver no texto – como dizem os Criacionistas da Terra Jovem – então o ensinamento simbólico da passagem se tornará nulo e sem efeito. Portanto, a interpretação da “Terra Jovem” destrói a simbologia da passagem e, portanto, não pode estar correta.

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