Origem: Livro: A Lei – O Relacionamento Apropriado do Cristão com a Lei

Introdução

Há muita confusão na Cristandade a respeito do uso correto e apropriado da Lei Mosaica. Alguns acreditam que as leis morais são aplicáveis aos Cristãos; outros, que nada se aplica. Uma pequena minoria de Cristãos afirma que tudo isso deve ser observado. A Confissão de Fé de Westminster[1], a título de exemplo, diz: Embora os verdadeiros crentes não estejam sob a lei, como um pacto de obras, para serem assim justificados ou condenados; ela ainda é de grande uso para eles, bem como para outros; nisso, como uma regra de vida informando-os da vontade de Deus e de seu dever, ela os dirige e os obriga a andar adequadamente. Ou seja, embora não sejamos salvos por meio da lei, ela é uma boa regra para vida. Este ensino é amplamente difundido no Cristianismo.
[1] N. do A.: Elaborado pela Assembleia de Westminster de 1646 como parte dos Padrões de Westminster para ser uma confissão da Igreja da Inglaterra, tornou-se e continua sendo o “padrão subordinado” de doutrina na Igreja da Escócia e tem sido influente nas igrejas presbiterianas em todo o mundo.

Vamos começar delineando a relação apropriada do Cristão com a lei. Isso pode ser resumido em três pontos:

  1. Não somos salvos pelo princípio de lei; nem por meio de nossa obediência a ela e nem pela obediência de Cristo a ela.
  2. Estamos mortos para a lei. A lei em si não está morta – ela continua a expor e julgar o pecado.
  3. A lei não é a regra de vida do Cristão; não estamos sob a lei.

Embora a expressão a lei frequentemente se refira à Lei Mosaica, o uso da palavra lei nas Escrituras é mais geral. Em muitos casos, o texto original fala de lei como um princípio – não a Lei Mosaica especificamente. É exatamente ao princípio de lei que não estamos mais sujeitos. Há um novo princípio que tomou seu lugar – a graça e tudo o que ela abrange.

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