Origem: Livro: Uma Palavra sobre Namoro

Introdução

“E foi-lhe por mulher, e amou-a” (Gn 24:67). Tal é o grande clímax desta maravilhosa “história de amor” na Palavra de Deus, que gostaríamos de considerar em conexão com sua aplicação prática a esta importante decisão na vida dos jovens Cristãos.

Costuma-se dizer que o que todos procuram é a satisfação de suas afeições, e a maravilha de todas as maravilhas é que “Deus é amor” e que Ele encontrará a satisfação de Suas divinas afeições na bênção do homem redimido. Cristo, o bendito Filho de Deus, Em Humanidade, terá uma noiva como objeto de Seu amoroso coração por toda a eternidade. Quando a alma aprendeu isso e provou esse amor, então encontrou a porção que verdadeiramente satisfaz e que terá seu grande clímax nas “bodas do Cordeiro” no céu.

Quando pensamos neste precioso amor de Cristo por Sua Igreja sendo dado a nós como o padrão – a figura – do amor do marido por sua esposa, torna-se uma profunda consideração para aqueles de nós que estão no relacionamento matrimonial. Uma leitura em oração da última parte de Efésios 5 será para muita bênção a este respeito. Vários livros úteis têm sido escritos sobre o casamento e o lar Cristão, entre eles “A Instituição do Matrimônio” (Paul Wilson), que merece uma leitura cuidadosa por todos os casados.

No entanto, como alguém observou, é com o pensamento de examinar Gênesis 24 quanto aos eventos que levam ao relacionamento matrimonial que estas linhas foram escritas. Que “história de amor” é essa, cheia de preciosas instruções para nós em nossa própria vida, porque é um belo quadro da obra do Espírito de Deus (figurado pelo servo de Abraão) aqui na Terra agora, reunindo uma noiva para Cristo. Se houver alguém lendo este livreto que não seja salvo, nossa oração é que você seja levado a ver sua necessidade de um Salvador. O Espírito de Deus está procurando conduzir você a Cristo, que não apenas purificará todos os seus horríveis pecados em Seu sangue mais precioso, mas também fará de você parte de Sua gloriosa noiva, a ser manifestada com Ele naquele dia. Por que continuar em seus pecados, com infalível julgamento diante de você, quando você pode ser abençoado tão abundantemente? Por que não dar ouvidos às Suas amorosas súplicas agora e dizer, como Rebeca em nosso capítulo: “Eu irei”?

Outro ponto que gostaria de mencionar antes de entrar em nosso assunto é que nos regozijamos muito com a fé daqueles que têm vivido acima do relacionamento matrimonial para servir ao Senhor mais plenamente. Tal é o caminho “melhor” (1 Co 7:38), seja por causa da “instante [presente – JND] necessidade” (1 Co 7:26), ou porque não poderia ser “no Senhor” (1 Co 7:39), ou com o desejo de se “unir ao Senhor sem distração” (1 Co 7:35), o Senhor totalmente recompensará a devoção desse tipo no dia vindouro de manifestação. Acreditamos, no entanto, que permanecer solteiro por motivos egoístas, ou para escapar das contrariedades à vontade própria que o casamento traz, não é de Deus, pois Ele disse: “Não é bom que o homem esteja só” Gn 2:18, e novamente: “Quero, pois, que as que são moças se casem” 1 Tm 5:14. Na verdade, é considerada uma doutrina de demônios proibir o casamento (1 Tm 4:1-3).

Vendo então que Deus, em Sua bondade, instituiu esse relacionamento que pode trazer tanta felicidade (ou não) tanto para o marido quanto para a esposa, podemos ter certeza de que Ele não nos deixou por nossa própria sabedoria ou pensamentos quanto aos passos que conduzem a isso. Por toda a Sua Palavra, Ele nos mostra que devemos deixar de lado toda a sabedoria humana se quisermos realmente aprender Sua mente para o nosso caminho. Deixemos, então, de lado nossos próprios pensamentos e deixemos que Deus fale conosco, pois Ele disse: “Agora, pois, filhos, ouvi-Me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os Meus caminhos” Pv 8:32.

Sabemos que na maioria dos jovens (e muito jovens, sobretudo nos tempos em que vivemos!) existe uma vontade de ter um namorado ou uma namorada. Frequentemente, sem dar conta disso, somos afetados pela corrente das coisas em nossa geração e podemos ser arrastados antes que percebamos. Mas não esqueçamos que nós, como Cristãos, temos um Guia para nossa juventude que tem toda a sabedoria. Sim, a Pessoa cujo próprio nome é Sabedoria Se deleita com os filhos dos homens (Pv 8:31), e nos pede para ouvi-Lo e esperar por Suas instruções. O desejo de ter um namorado ou uma namorada é bastante natural, mas, infelizmente, quantas vezes nossos desejos naturais nos afastam! Deus, que colocou amor natural em nosso coração, nos diz em Sua Palavra que, já que o pecado entrou no mundo, nosso coração natural não é confiável. Ele usa uma linguagem muito clara sobre isso, pois Ele diz: “O que confia no seu próprio coração é insensato [tolo – TB] Pv 28:26.

Não ousemos confiar em nosso próprio coração, pois, se o fizermos, Deus nos chama de tolos, e este é um assunto solene. Quão gratos nós, que somos salvos, podemos ser porque, por meio da graça, nosso coração foi purificado pela fé, e nosso corpo doravante não deve mais estar sob o controle de nossa velha natureza e de nosso coração degenerado. Pertencemos Àquele que nos redimiu a um custo tão infinito, e devemos apresentar nosso corpo como sacrifício vivo a Ele. Então podemos provar a Sua “boa, agradável e perfeita vontade” em nossa vida (Rm 12:1-2).

E assim, queridos jovens, só porque o desejo existe, e porque é natural ter um namorado ou uma namorada, não é motivo para agirmos. Nosso corpo não é nosso, como já observamos, e nunca devemos esquecer isso. Precisamos de orientação. Vamos ouvir a voz de Deus e esperar n’Ele. Se você não O escutar agora e no futuro, querido jovem crente, então seu arqui-inimigo, Satanás, que tem tido uma longa experiência com a natureza humana, traçará planos cuidadosos e bem organizados para enganá-lo e arruinar sua jovem vida. E nosso coração se lamenta ao ver quantas vezes ele conseguiu. Que você possa ouvir a voz de Deus nos dias de sua juventude, antes que você também se junte ao lamento de outros, e tenha que dizer: “Como aborreci a correção! E desprezou o meu coração a repreensão! E não escutei a voz dos meus ensinadores, nem a meus mestres inclinei o meu ouvido!” Pv 5:12-13.

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