Origem: Livro: Prosseguindo para o Alvo
Leitura da Bíblia
Antes, consideramos um versículo do capítulo dois de Atos; na íntegra, diz: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2:42). Já foi dito que a doutrina dos apóstolos é o fundamento de nossa comunhão, o ato de partir o pão é a expressão da nossa comunhão e a oração é para a manutenção de nossa comunhão.
A consciência desses primeiros crentes havia sido tocada (At 2:37). Agora eles queriam saber tudo o que havia para saber sobre Jesus. Havia tanta coisa para se desfrutar em comunhão a respeito d’Aquele que havia sido feito Senhor e Cristo. Podemos imaginá-los apegados a cada palavra que os apóstolos falaram sobre Sua vida e às coisas que Ele lhes havia dito. Não apenas isso, os olhos desses novos crentes tinham sido abertos quanto às profecias do Velho Testamento: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lc 24:44-45). Deve ter havido um exame cuidadoso das Escrituras por tudo o que havia sido escrito a respeito d’Ele. “Examinais as Escrituras… são elas que de Mim testificam” (Jo 5:39).
Assim como aqueles primeiros Cristãos se reuniram para apreciar a Palavra e a comunhão dos apóstolos, devemos igualmente nos unir para a leitura da Palavra. Isso deve ocorrer primeiro na reunião de leitura da assembleia, mas não deve se limitar a isso. Essas são ocasiões importantes para crescermos juntos no conhecimento da verdade. Precisamos um do outro. Se nos engajamos ativamente na reunião de leitura – mesmo que seja apenas o engajamento silencioso do coração e da mente –, cresceremos por meio dela; também seremos uma ajuda para os outros.
Negligenciar a reunião de leitura da assembleia em favor dos estudos bíblicos particulares é um passo perigoso de independência e é destrutivo para a comunhão. Na reunião de leitura, tudo é aberto e transparente e há oportunidade para os outros corrigirem o que dizemos. No entanto, não deve haver nem competição nem confronto. Quando a carne age, ela não promove o crescimento espiritual – de fato, o efeito será exatamente o oposto. A verdade não é alcançada pelo debate da Palavra de Deus. O erro deve ser corrigido com mansidão (2 Tm 2:25), mas procurar chegar a um consenso sobre o significado da Escritura por meio do debate, é humano e não divino. “Quando vier Aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16:13). Deveria ser nosso desejo refletir com precisão o sentido da Escritura nas coisas que dizemos. Só podemos fazer isso por meio do poder do Espírito de Deus. Não é uma questão da minha opinião sobre isso ou aquilo. “Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus” (1 Pe 4:11). Quando há incerteza, então uma pergunta deve ser feita ou uma contribuição deve ser buscada em outras pessoas.
