Origem: Livro: Breves Esboços dos Livros da Bíblia

Levítico

Em Levítico, temos instruções sobre como os filhos de Israel deveriam se aproximar de Deus. Era para ser da maneira indicada, em um estado adequado, e por meio de um dos sacerdotes designados por Deus.

Ao considerar este livro, é bom lembrar os contrastes traçados no livro de Hebreus: “Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hb 10:1). Em Levítico, temos belas imagens da obra sacrificial e sacerdotal de nosso Senhor Jesus Cristo.

Nos capítulos 1-6, temos as cinco ofertas: o holocausto, a oferta de manjares, a oferta pacífica, a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa. Começando no versículo 8 do capítulo 6, até o final do capítulo 7, encontramos as leis que governam sua observância – aqui a oferta pacífica vem por último.

A oferta pacífica não era expiatória. Pelo contrário, era o resultado de alguém ter sido abençoado – a resposta do coração em adoração. Parte era aceita por Deus, parte era alimento para o sacerdote e seus filhos, enquanto o ofertante também participava do sacrifício. Ela era desfrutada juntamente em comunhão.

Nos capítulos 8 a 10, temos o sacerdócio de Aarão e seus filhos. Os capítulos 11 a 15 nos mostram o homem em natureza e prática. Nestes capítulos, encontramos a lei do leproso. A lepra é pecado produzindo uma condição impura por meio de sua ação traiçoeira.

No capítulo 16, temos o Dia da Expiação. Os dois bodes apresentam o duplo aspecto da obra expiatória de Cristo. No primeiro bode, vemos o caráter santo e justo de Deus justificado, permitindo que Ele seja propício (misericordioso) para o mundo inteiro. O bode expiatório, por outro lado, fala de Cristo portando nossos pecados – “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4:25). Um fala de propiciação (Rm 3:25), o outro de substituição.

No capítulo 23, temos as sete festas de Jeová. Nestas festas, vemos as relações de Deus com o homem, e em particular Israel, desde a morte do Senhor Jesus Cristo até Seu reino milenar.

“Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5:7). Nos primeiros frutos da colheita, temos a ressurreição – no dia seguinte ao sábado. “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (1 Co 15:20). Na festa das semanas (Pentecostes), vemos prenunciando a descida do Espírito Santo e a formação da Igreja (At 2). Entre esta festa e as três últimas, há um intervalo (v. 22) em que o estrangeiro entra na bênção. Na Festa das Trombetas, temos o despertar de Israel, sua restauração no Dia da Expiação e, finalmente, sua bênção milenar com a Festa dos Tabernáculos.

Os últimos três capítulos nos dão “os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés para os filhos de Israel, no monte Sinai” (Lv 27:34, compare com Lv 1:1). De acordo com o Sinai, eles apresentam as reivindicações de Deus em governo.

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