Origem: Livro: O Divino Terreno de Reunião
Livros dos Reis
Vamos abrir em 1 Reis 8. Aqui vemos que Salomão havia construído o templo. Há pouco consideramos como Abraão foi guiado até a terra de Moriá e o templo foi construído na terra de Moriá. O Senhor havia decidido onde esse lugar deveria ser, onde o Seu nome deveria estar, e aonde o povo de Israel deveria ir. E aquele lugar era Jerusalém.
Aqui em 1 Reis 8 o templo havia sido construído. Mas ainda temos uma característica do lugar que ainda não consideramos. Lembre-se de que mencionamos que existem três. A primeira é a adoração. A segunda é decisões obrigatórias tomadas em nome do Senhor. A terceira – oração – é encontrada em 1 Reis 8:29-30: “Para que os Teus olhos, noite e dia, estejam abertos sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O Meu nome estará ali; para ouvires a oração que o Teu servo fizer neste lugar. Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; também ouve tu, no lugar da tua habitação nos céus; ouve também e perdoa”.
Irmãos, aqui era o lugar – Jerusalém – onde o Senhor havia escolhido para colocar Seu nome, em uma das tribos, e todo o Israel era responsável, de acordo com Deuteronômio 16, de fazer sua jornada até Jerusalém. Primeiramente, adoração, depois decisões obrigatórias e em terceiro lugar encontramos oração identificados com esse lugar. Para mim isso é muito importante pois esse mesmo padrão é trazido para o Novo Testamento: Adoração, decisões obrigatórias e oração, Três coisas conectadas com o lugar onde o Senhor colocou o Seu nome.
Bem, a oração de Salomão foi que quando eles orassem, se dirigindo a esse lugar, reconhecendo esse lugar que o Senhor havia escolhido, o Senhor iria ouvi-los e responderia suas orações.
Ora, amado irmãos, o Senhor não deixou isso à escolha do homem. O Senhor foi Aquele que desde o início, em Gênesis, havida marcado esse lugar na terra de Moriá.
Salomão edificou o templo; a glória do Senhor encheu o templo. O Senhor veio ali habitar em meio ao Seu povo, com base na redenção e ali, naquela nuvem eles tinha a evidência diante de seus olhos de que o Senhor estava ali. A responsabilidade deles era reconhecer o que o Senhor tinha escolhido, o que o Senhor tinha feito, onde o Senhor tinha colocado Seu nome.
Agora eu gostaria de ler 1 Reis 12:25-33 e 13:1: “E Jeroboão edificou a Siquém, no monte de Efraim, e habitou ali, e saiu dali, e edificou a Penuel. E disse Jeroboão no seu coração: Agora, tornará o reino à casa de Davi. Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá, e me matarão e tornarão a Roboão, rei de Judá. Pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. E pôs um em Betel e colocou o outro em Dã. E este feito se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um a adorar. Também fez casa dos altos e fez sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi. E fez Jeroboão uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar; semelhantemente, fez em Betel, sacrificando aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera. E sacrificou no altar que fizera em Betel, no dia décimo quinto do oitavo mês, do mês que ele tinha imaginado no seu coração, assim fez a festa aos filhos de Israel e sacrificou no altar, queimando incenso. E eis que, por ordem do SENHOR, um homem de Deus veio de Judá a Betel; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso”.
Salomão havia morrido. O reino de Israel estava dividido. Dez tribos seguiram esse homem chamado Jeroboão, e duas tribos permaneceram fiéis à casa de Davi. Essas duas tribos continuaram a reconhecer que o centro de Deus estava em Jerusalém. O Senhor não moveu o Seu nome. O Senhor não havia estabelecido outros centros, embora Israel estivesse em um estado dividido.
Jeroboão, um homem que seria considerado sábio por este mundo, raciocinou em seu coração: Se as dez tribos que o seguiram continuassem a subir a Jerusalém, se continuassem a reconhecer que o centro de Deus estava em Jerusalém o efeito seria que, em pouco tempo, todos eles estariam juntos novamente e ele teria perdido sua posição como rei sobre as dez tribos. Isso é o que ele diz especificamente no versículo 27: “Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá, e me matarão e tornarão a Roboão, rei de Judá”.
Simplificando, o princípio é o seguinte: O reconhecimento de um centro resulta na manifestação pública de que as doze tribos eram um só povo. Não que eles não fossem todos filhos de Israel, mas o ato de Jeroboão ao estabelecer mais dois centros de sua própria criação, em Betel e em Dã, era para perpetuar a divisão do povo de Deus. Em vez de ter um centro que os traria juntos novamente, Jeroboão diz que agora há três, e ainda estabelece uma forma de adoração.
Foi muito impressionante para minha alma, ao meditar sobre isto, perceber o motivo pelo qual Jeroboão escolheu dois bezerros de ouro. O que me impressionou foi simplesmente o seguinte: Jeroboão já tinha um precedente a seguir. Ele podia olhar para trás e dizer: “Israel fez isso uma vez antes, quando estavam no deserto a caminho da terra prometida, e com um homem tão importante como Arão adoraram o bezerro de ouro”. E assim Jeroboão tem um precedente que ele pode seguir, e estabelece mais dois centros, mas eles não foram dados por Deus. Não há nenhuma indicação de que o nome do Senhor estava lá – nenhuma indicação de que Deus tivesse ordenado isso. Pelo contrário, nos é dito, vez após outra, o que Jeroboão fez, não Deus: O versículo 29 diz que ele estabeleceu um bezerro em Betel; no versículo 31, ele fez uma casa nos altos; no versículo 32, Jeroboão fez uma festa no oitavo mês; e no final do versículo 32, “sacrificando aos bezerros que (ele) fizera; também em Betel (ele) estabeleceu sacerdotes dos altos que (ele) fizera. E (ele) sacrificou no altar que (ele) fizera em Betel, no dia décimo quinto do oitavo mês”.
Já havia uma festa para Jeová, em Jerusalém, identificada com o centro de Deus em Jerusalém no décimo quinto dia do sétimo mês. Tudo o que Jeroboão fez foi copiá-la. Ele disse, “Nós teremos a nossa (festa), no décimo quinto dia do oitavo mês”, mas tudo foi feito pelo homem e estabelecido pelo homem. Esse era o centro do homem e não o de Deus.
Então amado irmãos, Deus enviou um profeta. O primeiro versículo do capítulo 13 diz que Deus enviou um profeta de Judá para Betel. No versículo 2 diz que, em Betel, ele “clamou contra o altar com a Palavra do SENHOR”. O capítulo 13 fala muito especificamente que Deus trataria, em Seu próprio tempo, com aquele centro que Jeroboão tinha estabelecido. Na verdade sobre o assunto é que ele perdurou por 300 anos. Esses 300 anos se passaram antes que o que Deus disse que aconteceria com aquele centro de fato acontecesse. A questão aqui que é de proveito para você e para mim é que aquele era um centro estabelecido pelo homem, e o efeito era para a perpetuação da divisão que aconteceu entre o povo de Deus.
Vamos ler agora em 2 Reis 10. Quase 100 anos depois desde os dias de Jeroboão. Os centros ainda existiam, apesar de Deus ter mostrado muito claramente que eles não tinham o Seu consentimento. Então vemos, quase 100 anos depois, em 2 Reis 10:29-31. Falando de um rei de Israel, de nome Jeú, lemos:
“Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã. Pelo que disse o SENHOR a Jeú: Porquanto bem fizeste em realizar o que é reto aos Meus olhos e, conforme tudo quanto Eu tinha no Meu coração, fizeste à casa de Acabe, teus filhos até à quarta geração se assentarão no trono de Israel. Mas Jeú não teve cuidado de andar com todo o seu coração na lei do SENHOR, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel”.
Jeú fez muitas coisas com a aprovação de Deus. Ele executou um plano sobre os inimigos de Deus – a casa de Acabe. Executou um plano que Deus havia instituído, e Deus o elogia por isso, mas podemos ver que 100 anos depois o pecado do estabelecimento daqueles centros, não tinha, de forma nenhuma, diminuído diante dos olhos de Deus, a significância do pecado do estabelecimento de mais dois centros em Betel e Dã, com seus bezerros de ouro, que simplesmente mantinham o povo de Deus dividido. Depois de nos mostrar que Jeú não deixou os pecados de Jeroboão, especificamente identificando qual era o pecado: aqueles dois bezerros de ouro em Betel e Dã, aqueles centros feitos pelo homem, estabelecidos por Jeroboão. Deus, então, nos mostra o bom trabalho que Jeú fez e a recompensa que ele iria receber por isso. E Ele então nos lembra que Jeú continuou com aqueles centros em Betel e Dã, e que não se apartou dos pecados de Jeroboão, o que fez Israel pecar. Oh, amados irmãos, essas coisas foram escritas para nosso ensino!
